Incêndios florestais gigantescos no Oeste dos Estados Unidos estão entre os que mais emitiram dióxido de carbono na atmosfera na atmosfera do planeta neste ano, de acordo com relatório publicado pelo Sistema Copernicus da União Europeia | JOSH EDELSON/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Os incêndios florestais produziram uma quantidade recorde de emissões de carbono em partes da Sibéria, nos Estados Unidos e na Turquia em 2021 à medida que as mudanças climáticas predominantemente geradas pela influência humana gerou incêndios atipicamente intensos. A informação é do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus da União Europeia.

Os incêndios florestais emitiram 1,76 bilhão de toneladas de carbono globalmente em 2021, informou o Sistema Copernicus. O volume é equivalente a mais do que o dobro das emissões anuais de dióxido de carbono da Alemanha, uma das principais economias do mundo e uma das nações mais industrializadas do planeta.

Entre os locais que registraram as maiores emissões e recordes de dióxido de carbono (CO2) por incêndios florestais no período de janeiro a novembro na série histórica do Copernicus que começa em 2003 estão a região de Yakutia na Sibéria da Rússia, Turquia, Tunísia e o Oeste dos Estados Unidos.

“Vimos regiões extensas experimentando incêndios florestais intensos e prolongados. Condições regionais mais secas e quentes sob um clima em mudança aumentaram o risco de inflamabilidade e o risco de incêndio da vegetação”, disse o cientista sênior da Copernicus, Mark Parrington, em entrevista à agência Reuters.

Globalmente, o total de emissões de incêndios florestais não foi o mais alto desde 2003, mas o Sistema Copernicus destacou que as emissões provavelmente aumentarão conforme os impactos das mudanças climáticas aumentem. O relatório completo do Copernicus está disponível para leitura no site do consórcio europeu.

Yakutia, no Nordeste da Sibéria, produziu suas maiores emissões de CO2 em incêndios florestais em qualquer verão desde 2003 enquanto no Oeste da Sibéria, um “grande número” de incêndios produziu emissões diárias de CO2 muito acima da média de 2003-2021.

Na América do Norte, incêndios no Canadá, Califórnia e no Noroeste do Pacífico dos Estados Unidos emitiram cerca de 83 milhões de toneladas de CO2, emitindo enormes nuvens de fumaça que cruzaram o Atlântico para chegar à Europa, informou o consórcio ambiental europeu. O “incêndio Dixie” da Califórnia, que devastou quase um milhão de acres, foi o maior incêndio registrado na história do estado.

No Mediterrâneo, um verão quente e seco espalhou intensas labaredas em países como a Grécia e a Turquia. Milhares de pessoas nestes países foram evacuadas de suas casas, e Copernicus enfatizou que a qualidade do ar da região se deteriorou com os incêndios causados ​​por altos níveis de material particulado prejudicial à saúde.