O tsunami de Tonga provocou diversos efeitos climáticos em todo o mundo. A erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai no Oceano Pacífico Sul foi em 15 de janeiro de 2022. Esse tipo de evento é raro e, até então, nunca detectado com instrumentos modernos. A explosão do vulcão combinada com a pressão atmosférica gerou efeitos que foram percebidos na terra e no ar.

 

A onda de força da explosão do vulcão atingiu até o mar Mediterrâneo. A velocidade foi de 312 metros/segundo. E depois, circulou a Terra três vezes antes de se dissipar. A última vez que os cientistas identificaram um tsunami assim foi em 1883, com a erupção do Krakatau. Na época, os equipamentos registraram algo semelhante. Cerca de 36 mil pessoas morreram. E, ainda, centenas de cidades e vilas costeiras ficaram destruídas.

Dados daquele período também indicam que as cinzas se espalharam pelo globo terrestre. O que, possivelmente, também causou um colorido diferente no céu em vários pontos da Terra. Assim como aconteceu aqui na América do Sul, com as cinzas do vulcão Tonga, em 2022.

Reprodução/CSU/CIRA and JAXA/JMA

Meteotsunami

Atualmente, as evidências sugerem que a erupção criou uma mudança na pressão do ar acima da água. Com isso, produziu algo semelhante a um meteotsunami. A princípio, o meteotsunami acontece quando uma onda oceânica e uma onda atmosférica viajam em velocidades semelhantes. E, além disso, acumulam energia enquanto correm em direção à terra. Da mesma forma que em Tonga. Com a erupção vulcânica, as ondas altas alcançaram até a costas da costa leste dos Estados Unidos. Além disso, a pressão do ar mudou rapidamente em todo o mundo.

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica, tsunami como o de Tonga e Krakatau não são nada frequentes. Na verdade, apenas 5% deles são gerados a partir de erupções vulcânicas. Enquanto acontecia o evento desse ano, um sistema tecnológico capturava os detalhes do tsunami. Desde então, cada informação é usada em análises técnicas. Os resultados ajudarão, principalmente, na tomada de decisão dos países. E, acima de tudo, a ideia é salvar vidas.

Os dados da coleta de janeiro já são estudados por cientistas. E, sobretudo, analisados por pesquisadores do governo dos EUA. Tudo para melhorar a previsão de tsunamis, seja o tipo mais comum, ou como os resultantes de atividade vulcânica e pressão do ar.