Paisagens incineradas por grandes incêndios. Secas históricas. Ondas de calor inéditas pela força. Recordes de calor de mais um de um século em vários países.
O verão que chega ao fim no Hemisfério Norte impressionou pelo calor, as secas e os incêndios. No que o New York Times descreveu em manchete de capa na sua edição de 10 de agosto como o “ano em que o aquecimento global fez da sua ameaça uma realidade”.
Questão recorrente é se o verão muito quente Hemisfério Norte seria um sinal de que o nosso em 2019 será muito quente também no Rio Grande do Sul. Não há correlação, a despeito do aquecimento sustentado do planeta. Vejamos alguns casos. O verão de 1998 foi um dos mais quentes da história da França, mas o nosso de 1989 teve temperatura abaixo da média em grande parte do Estado e quase todo o Brasil. Esse verão de 2018 foi o mais quente e seco na Inglaterra desde 1976, mas o período de dezembro de 1976 a fevereiro de 1977 foi de temperatura abaixo da média no território gaúcho e praticamente todo o país. Em 2003, a Europa teve onda de calor que deixou 20 mil mortos, sendo 15 mil na França.
O verão aqui no Estado foi de temperatura abaixo da média. Vários fatores irão determinar se a estação aqui será mais ou menos quente, mas não necessariamente o que se viu nos últimos três meses.