Temporais ocorrem em todas as estações do ano com maior ou menor frequência. Meses de outono, como abril e maio, têm menor propensão a tempestades. Se o outono, uma estação de transição do verão para o inverno, costuma ter menos temporais, o mesmo não se pode dizer da primavera, estação de transição do inverno para o verão.

Os dados históricos mostram que a partir de setembro há uma tendência de aumento na freqüência de tempestades no Rio Grande do Sul e no Sul do Brasil. Frentes frias com massas de ar frio na retaguarda seguem alcançando a nossa região em setembro e outubro ao mesmo tempo em que há um aumento das incursões de ar quente de origem tropical.

O encontro destas massas de ar frio e quente traz um aumento no número de dias com temporais de vento forte e granizo. São muitos os eventos de vendavais com danos nos estados do Sul do Brasil em setembro e outubro nos últimos anos.

À medida que o Pacífico aquece e um episódio de El Niño se desenha no horizonte, a possibilidade de termos ocorrências de temporais com maior frequência que o normal aumenta nestes últimos quatro meses de 2018. Assim como cresce a probabilidade de ciclones extratropicais e mais intensos no Atlântico Sul entre setembro e novembro, justamente pelo maior gradiente térmico. (Com foto de Fernando Mainar)