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Porto Alegre reviveu cenas de 1941 em dia dramático da história da cidade | GIULIAN SERAFIM/PMPA

Em 1951, um filme de ficção científica contou a história de um ser alienígena que visitou a Terra. “O Dia em que a Terra parou” estreou dez anos depois da grande enchente que tomou conta de Porto Alegre no que era a maior enchente da história da capital gaúcha.

Hoje, 3 de maio de 2024, cenas que só estavam na memória, filmes, livros e periódicos antigos se repetiram na cidade. Porto Alegre parou. Com as águas avançando pela área central e alcançando marcos da cidade como o Mercado Público, Prefeitura e até a Rua da Praia, os apelos das autoridades eram para que se deixasse a região.

Pessoas correram para sair do trabalho e o “coração” da cidade ficou praticamente deserto. Onde milhares de pessoas estaria trabalhando e caminhando pelas ruas em um dia normal, só se via água.

Foi o que a MetSul testemunhou e pôde registrar também no Quarto Distrito, onde em cenas jamais vistas desde 1941 as águas do Guaíba estavam a poucos metros de alcançar a Avenida Farrapos.

Moradores se dividiam entre a curiosidade de fazer fotos e o temor do pior, deixando as suas casas com malas lotadas de pertences ou empilhando sacos de areia em seus comércios.

A dimensão exata da cheia ainda não se tem, afinal as réguas de medição deixaram de funcionar, mas as imagens mostram que se tratou de cheia que, se não atingiu o pico de 1941 de 4.756 metros, ficou muito perto. Estudos posteriores de hidrólogos poderão oferecer respostas que ainda não se tem sobre o nível.

A enchente de imensas proporções, a pior ou a segunda pior, hoje algo irrelevante pelos impactos humanos, econômicos e sociais, era inevitável. Todos os rios que desembocam no Guaíba foram a marcas recordes ou históricas.

O Jacuí passa por uma de suas maiores cheias. O Sinos superou cotas históricas de 1941 e 1965. O Taquari bateu seu recorde por mais de quatro metros. O Caí alcançou níveis inéditos. E, finalmente, o Gravataí subiu demais. Uma “tempestade perfeita” hidrológica como consequência de evento extraordinário de chuva com até 600 mm a 800 mm.

Porto Alegre vai se levantar, como fez sempre após os momentos mais dramáticos de sua história, em intempéries e conflagrações políticas, mas será um trabalho árduo e que vai exigir a parceria entre estado e sociedade.

Hoje, a missão maior é se solidarizar com todos os atingidos, oferecer solidariedade e carinho. Somos na MetSul Meteorologia uma empresa de previsão do tempo, mas antes somos cidadãos e temos um compromisso inabalável com o Rio Grande e sua gente. Força, Porto Alegre.

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