Os volumes de chuva das últimas 72 horas ficaram perto ou acima de 50 mm em muitas cidades das Metade Oeste e Norte do Rio Grande do Sul com acumulados isoladas acima de 100 mm, como na região de Alegrete e no Noroeste gaúcho. No Noroeste, foi tanta chuva que os arroios que estavam muito baixos pela estiagem subiram rapidamente a ponto de transbordarem em alguns pontos. Já no Sul e em parte do Leste do Estado, as precipitações, como os modelos indicavam e a MetSul previa, tiveram baixos volumes. Foi o caso das áreas de Bagé, Chuí, Pelotas, Rio Grande, Camaquã e Porto Alegre.

Chegada do temporal ontem em Uruguaiana | Lilian Vidal

 A semana que começa tem boas e más notícias quanto à chuva. A má é que as regiões que tiveram pouca chuva neste evento de instabilidade devem seguir com precipitações mais escassas, no caso a Metade Sul gaúcha. Porto Alegre está no limite Norte da zona de mais escassa precipitação nesta semana, logo não se espera chuva muito volumosa na capital gaúcha. A boa notícia é que vem mais chuva e com volumes até altos nas áreas produtoras de grãos da Metade Norte gaúcha, de Santa Catarina e do Paraná.

O mapa acima é do modelo Icon do serviço meteorológico alemão. Traz a projeção de chuva acumulada nos próximos sete dias e está disponível ao assinante com quatro atualizações diárias na seção de mapas. Como se observa no mapa, a tendência é que a chuva seja mais “generosa” na Metade Norte gaúcha, Santa Catarina e no Paraná.

No Rio Grande do Sul, a instabilidade maior ocorre até quarta-feira, com a formação de mais áreas de instabilidade principalmente de terça para quarta. Já no Paraná a chuva será maior na segunda metade da semana. O Oeste catarinense que vivia uma situação crítica pela estiagem já foi beneficiado por volumes altos de chuva desde sexta e terá mais chuva na semana. Com a atmosfera quente e úmida podem ocorrer temporais isolados nestas áreas.