Imagem de satélite divulgada pelo Sistema Copernicus, o consórcio ambiental e climático da União Europeia, registrou a vazão recorde ocorrida nas Cataratas do Iguaçu, na fronteira do Brasil com a Argentina, em Foz do Iguaçu, e que impressionou os turistas. A imagem foi captada pelo satélite Sentinel-2 do Sistema Copernicus no último dia 17.

A enorme vazão ocorrida nas Cataratas do Iguaçu decorreu dos volumes extremamente altos de chuva ocorridos em parte do estado do Paraná ao longo da bacia do Rio Iguaçu. Os acumulados em alguns municípios da bacia, em poucos dias, atingiram marcas de 200 mm a 300 mm com inundações e enchentes.

A vazão nas Cataratas do Iguaçu ultrapassou 16,5 milhões de litros por segundo na última quinta-feira. Tratou-se da segunda maior vazão de água registrada desde 1997, quando a Companhia Paranaense de Energia (Copel) começou as medições.

A taxa foi registrada às 6h da manhã da quinta-feira da semana passada. O maior volume já anotado pela Copel foi registrado no ano de 2014 com mais de 47 milhões de litros por segundo. A vazão considerada normal é de 1,5 milhão de litros por segundo. Já a menor se deu em maio de 1978, com 114 mil litros de água por segundo.

As medições antes de 1997, quando a Copel deu início a sua série histórica, eram feitas por outros órgãos com dados existentes desde 1949. O Parque Nacional do Iguaçu cataloga 275 saltos, o que confere às Cataratas o título de maior conjunto de quedas d’água do mundo. No total, 80% das cachoeiras estão no lado argentino do parque, e os 20% restantes estão no lado brasileiro.

O parque do Iguaçu chegou a fechar durante o pico da vazão algumas passarelas de observação das quedas como medida de segurança, mas que posteriormente foram reabertas. Já no lado argentino do parque, um turista canadense morreu ao tentar tirar fotografia das quedas e cair nas águas. O seu corpo foi depois encontrado no lado brasileiro da fronteira. (Com foto de capa de NELSON ALMEIDA/AFP/METSUL METEOROLOGIA)