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A chuva será muito irregular no Sul do Brasil nos próximos sete dias com acumulados baixos de precipitação na maioria das áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná no período. No Centro-Sul do país, os maiores volumes de chuva tendem a se concentrar no Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro por conta de um canal de umidade organizado na região conhecido como Zona de Convergência do Atlântico Sul.

O mapa acima mostra a projeção de chuva para sete dias do modelo meteorológico alemão Icon, disponível ao nosso assinante na seção de mapas com quatro atualizações por dia. Como se observa no mapa, somente pontos localizados no Sul do país, especialmente na Metade Norte gaúcha e Santa Catarina, podem ter marcas de 30 mm a 50 mm nestes próximos sete dias.

No geral, no Sul do país, a maior parte das cidades deve ter menos de 20 mm e em muitas pode quase nada chover a ponto de ser possível que sequer chova em alguns locais. Isso não apenas determina a continuidade do quadro agudo de estiagem como o agravamento da seca em diversas localidades, o que ocorre em um momento crítico da safra de verão que é o de maior demanda hídrica da soja.

O mapa evidencia ainda o risco de chuva forte com volumes isolados muito altos, da ordem de 100 mm a 250 mm, em Minas Gerais. Chama a atenção o indicativo de chuva localmente volumosa na divisa entre o Sul Mineiro e o Norte do estado do Rio de Janeiro, portanto exatamente na área do município de Petrópolis que foi arrasado pela chuva nesta semana com mais de uma centena de mortos e outra centena de desaparecidos.

Sob este cenário, o quadro preocupa nos próximos dias no Sul de Minas, na área de Juiz de Fora, e principalmente no estado do Rio de Janeiro com alerta em particular para a Região Serrana e a cidade de Petrópolis, onde o solo está saturado e muito instável com elevada probabilidade de novos deslizamentos de terra.

A chuva no Sul de Minas e no Rio de Janeiro não vai cair de uma vez só. Os altos volumes que são previstos para esta parte do Sudeste do Brasil decorrer da sequência de dias com precipitação. Os modelos indicam chance de chuva em todos os sete dias do período de prognóstico e que em alguns momentos pode ser moderada a forte com pancadas localmente torrenciais.

No Rio Grande do Sul, que sofre duramente com a estiagem, as pancadas isoladas de chuva tendem a aumentar na primeira metade da semana após um fim de semana com predomínio de tempo firme na maioria das cidades. As pancadas vão se concentrar mais na Metade Norte e a chuva deverá ser muito mal distribuída com grande variabilidade de volumes de um ponto para outro.

Em São Paulo, igualmente, os próximos sete dias não devem ser de tempo chuvoso. Muito ao contrário, áreas do Centro para o Sul paulista devem ter sol na grande maioria dos dias e qualquer chuva será isolada e passageira. Onde a chuva deve ser mais frequente é no Norte paulista e mesmo assim com má distribuição e pancadas que ocorrem de forma localizada mais da tarde para a noite.