Nevoeiro denso que afetou as operações aéreas da capital argentina cobrindo a Avenida General Paz durante no final do sábado na cidade de Buenos Aires | LUÍS ROBAYO/AFP/METSUL METEOROLOGIA
A cidade de Buenos Aires e a região metropolitana da capital argentina enfrentaram um fim de semana de muito nevoeiro e neblina com forte redução de visibilidade e impacto no setor aéreo. O nevoeiro cedeu no decorrer deste domingo com áreas de instabilidade que trouxeram chuva e trovoadas para a Grande Buenos Aires, mas pontos da região seguiram com neblina, como foi o caso do Aeroparque, o aeroporto central da capital argentina. Na televisão argentina, o título na tela era “no se ve nada”.
Por conta do denso nevoeiro que cobriu neste fim de semana tanto a cidade de Buenos Aires como vários pontos da área metropolitana, a manhã deste domingo começou com vários voos cancelados e atrasados tanto em Ezeiza quanto no Aeroparque. O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) chegou a emitir um alerta violeta devido ao nevoeiro na cidade, grande parte de Buenos Aires, Sul e Centro de Entre Ríos, Santa Fé e Leste de Córdoba. O alerta implica que “são esperados fenômenos que possam representar inconvenientes ou dificuldades no desenvolvimento normal da vida social”.
Os problemas devido à baixa visibilidade começaram ainda na sexta-feira, seguiram no sábado e continuaram até a manhã deste domingo. Em alguns bairros de Buenos Aires, a visibilidade foi muito baixa. No final da manhã e durante a tarde de hoje a visibilidade melhorou e pontos da Grande Buenos Aires tiveram chuva com trovoadas.
A cerração causou atrasos nos voos que chegavam do Panamá, Dallas e Houston, enquanto as partidas para o Rio de Janeiro e Bogotá sofreram atrasos longos, alguns deles programados para várias horas depois. No Aeroparque, houve atrasos em voos de Mendoza e São Paulo enquanto que o voo para Córdoba foi cancelado.
Conforme relatado por Aeropuertos Argentina 2000, em condições de baixa visibilidade, por exemplo, nevoeiro ou neblina, os aeroportos possuem infraestrutura e equipamentos específicos que determinam a condição operacional do aeroporto. Cada aeroporto opera em uma categoria que é determinada pelo referido equipamento de acordo com a tecnologia.
O Aeroparque hoje pode operar até CAT2. Ezeiza pode operar até CAT3A. Para operar na CAT3, a aeronave deve possuir determinados instrumentos e as tripulações devem ser qualificadas. Em Ezeiza muitas vezes as aeronaves ou tripulações não estão habilitadas em CAT3A e isso significa que devem recorrer a alguma alternativa ou ser desviados. Isso ocorre mais em voos regionais e/ou curtos, então mesmo que o aeroporto esteja operacional os voos acabam por alternar para outros aeroportos.
