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Cataratas do Iguaçu registram hoje a maior vazão em meia década após chuva muito volumosa na bacia do Rio Iguaçu e que atingiu o Centro-Sul do Paraná nesta semana | CATARATAS DO IGUAÇU SA/DIVULGAÇÃO

A paisagem é espetacular nesta sexta-feira no Parque Nacional do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná e fronteira com a Argentina. A vazão das quedas d’água das Cataratas do Iguaçu está sete vezes acima do normal e oferece uma visão ao mesmo tempo assustadora e fascinante de um dos locais mais belos do Brasil.

A vazão nesta sexta nas cataratas atingiu mais de 10 milhões de litros por segundo, cerca de sete vezes acima da média que é de um milhão e meio por segundo. É a maior vazão dos últimos cinco anos, informou a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que faz monitoramento do fluxo de água na região.

O Rio Iguaçu, que banha o local, nasce na região de Curitiba, atravessa o estado, e deságua em Foz do Iguaçu na região em que a cidade faz fronteira com Argentina e Paraguai. Nos últimos dias choveu muito do Centro para o Sul do Paraná com inundações e acumulados de até 150 mm em alguns pontos. Na região de Curitiba, a precipitação ficou ao redor de 100 mm em vários pontos da região metropolitana em meia década, mesmo com o fenômeno La Niña atuando.

No mês de junho, historicamente, o volume de água que passa pelas Cataratas do Iguaçu tende a aumentar significativamente pela chuva. Como a chuva do final do mês de maio e do começo deste mês de junho foi extrema, a vazão aumentou enormemente nas últimas horas a ponto de ser a maior em meia década pelos dados da Copel.


Como medida de segurança, a administração do parque decidiu interditar a passarela de acesso à Garganta do Diabo. Os demais mirantes do parque seguem abertos para os turistas. Também no lado argentino, a administração do parque optou por fechar o mirante da Garganta do Diabo por razões de segurança pela “elevação extraordinária” do Rio Iguaçu.

As Cataratas do Iguaçu são um conjunto de cerca de 275 quedas de água no rio Iguaçu (na Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizada entre o Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, no Brasil, e o Parque Nacional Iguazú, em Misiones, na Argentina, na fronteira entre os dois países. A área total de ambos os parques nacionais corresponde a 250 mil hectares de floresta subtropical e é considerada Patrimônio Natural da Humanidade.

O parque nacional argentino foi criado em 1934 enquanto o parque brasileiro foi inaugurado em 1939. Ambas as áreas de proteção têm o propósito de administrar e preservar o manancial de água e o conjunto do meio ambiente ao seu redor. Os parques brasileiro e argentino passaram a ser considerados Patrimônio da Humanidade em 1984 e 1986, respectivamente.

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