JOSÉ CAMINHA/AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ACRE

As enchentes seguem castigando o estado do Acre (veja fotos) com milhares de pessoas fora de suas casas e a situação se agrava neste começo de semana na capital Rio Branco com o Rio Acre ainda subindo e atingindo cotas históricas que complicam a situação da população ribeirinha.

O governo do Acre decretou emergência em saúde pública diante do alto volume de chuvas que afetam o estado desde 21 de fevereiro. As enchentes podem trazer diversos riscos sanitários. Entre os perigos estão as infecções, como a leptospirose e a dengue. Além disso, a dificuldade de acesso a água e comida pode trazer impactos para a saúde.

O Rio Acre na cidade de Rio Branco chegou à marca de 17,68 metros na noite deste domingo e já registra a terceira maior enchente desde 1971, quando o manancial começou a ser monitorado na capital acreana. As informações são do governo estadual do Acre.

Desde quinta-feira da semana passada o rio se mantém acima dos 17 metros na capital. A maior cota registrada foi de 18,40 metros em 4 de março de 2015, quando na maior enchente já vista em Rio Branco mais de 100 mil pessoas foram atingidas.

A Defesa Civil monitora todos os rios acreanos; Juruá, Envira, Tarauacá, Rio Iaco, Purus e a bacia do Rio Acre. Na parte das cabeceiras desses rios, todos eles começavam a baixar. “Em Marechal Thaumaturgo, o nível do rio já baixou alguns centímetros, mas em Porto Walter e Rodrigues Alves, em Cruzeiro do Sul continuam em elevação. Na Bacia do Juruá, o Rio Moa continua subindo e ele joga muita água, principalmente para Cruzeiro do Sul”, informou a Defesa Civil.

Na bacia do Rio Acre; em Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri, o rio já deu o sinal de vazante e já está voltando na calha normal. Já em Rio Branco, nas últimas 24 horas, o rio tem subido em alguns momentos um centímetro por hora e atingiu a terceira maior cota na capital.

Veja as maiores cotas históricas do Rio Acre em Rio Branco

1º) 18,40m – 04 de março de 2015
2º) 17,72m – 03 de abril de 2023
3º) 17,66m – 14 de março de 1997
4º) 17,60m – 25 de fevereiro de 2012
5º) 17,11m – 17 de fevereiro de 1988
6º) 17,01m – 12 de março de 2014
7º) 16,90m – 26 de dezembro de 1978
8º) 16,86m – 04 de abril de 1974
9º) 16,72m – 21 de fevereiro de 2006
10º) 16,37m – 29 de março de 1979

De acordo com balanço do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), nas 13 cidades mais críticas, há 83 abrigos públicos atendendo 9.049 pessoas desabrigadas. Além disso, há 15.826 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos. Neste domingo, o governo do estado declarou situação de emergência em mais duas cidades do Acre devido às cheias dos rios. Casos das cidades de Manoel Urbano e Rodrigues Alves. Há uma semana, a emergência havia sido decretada em 17 cidades e, agora, esse número sobe para 19 das 22 cidades acreanas.

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