Sam se tornará um dos furacões intensos mais longos do Atlântico em duração até hoje. A tempestade é considerada intensa (categoria 3 ou superior) já por cinco dias e a previsão é que permaneça como um grande furacão por ao menos mais três dias. De acordo com o meteorologista Phillip Klotbzbach, da Universidade do Colorado, apenas sete furacões no Atlântico na era dos satélites (de 1966 em diante) tiveram categoria 3 ou superior por mais de uma semana. A tempestade está em mar aberto, distante do continente, sobre o Oceano Atlântico, e não oferece perigo para áreas de terra.

Sam foi nominada no último dia 23 ao se transformar em tempestade tropical. Na sequência, o ciclone tropical passou por um rápido processo de intensificação com imagens incríveis e explodiu em força, passando a um furacão intenso no último fim de semana. Atingiu o seu pico de intensidade no domingo com categoria 4 e por muito pouco não se transformou no primeiro furacão do Atlântico em 2021 a atingir categoria 5.

No começo desta semana, a tempestade passou por um ciclo de substituição da parede do olho, que é um processo que traz diminuição de força. Por isso, o ciclone caiu para categoria 3 na segunda-feira. Assim que o ciclo se encerrou, o ciclone voltou a se intensificar e na terça-feira era novamente de categoria 4.

A astronauta da NASA Megan McArthur compartilhou ontem em suas redes sociais três incríveis fotos do enorme furacão Sam visto da Estação Espacial Internacional (ISS), mostrando a enorme espiral de nuvens com um olho sobre as águas do Atlântico Norte.

NASA/DIVULGAÇÃO

Entre as atividades dos astronautas no espaço está regularmente fotografar a Terra e Sam tem proporcionado imagens incríveis. “Outro furacão? Eu não gosto deles, Sam I Am”, escreveu McArthur em um tweet referindo-se ao clássico livro infantil do Dr. Seuss, “Green Eggs and Ham“.

NASA/DIVULGAÇÃO

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Sam provavelmente se manterá como um potente furacão de categoria 3 ou 4 até pelo menos sábado enquanto se move continuamente para o Noroeste. A tempestade encontrará pouca divergência de vento no seu caminho e temperaturas da superfície do mar em torno de 28ºC, o que permitirá manter a sua grande intensidade. Quanto menos vento, ar mais úmido e águas mais quentes melhor o ambiente oceânico-atmosférico para um furacão se formar ou ganhar intensidade.

À medida que o ciclone se aproximar cada vez mais das Bermudas no final desta semana, ele pode ser deslocado por uma área de baixa pressão em altitude para Newfoundland, no Leste do Canadá. O aumento do cisalhamento do vento e das águas mais frias devem fazer com que Sam passe a ser uma poderosa tempestade pós-tropical sobre o extremo Norte do Atlântico na próxima semana.