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Uma dobradinha de dois enormes ciclones no Pacífico Norte em uma imagem de satélite que impressiona. A tempestade à esquerda e a Sudeste do Japão é o tufão Mindulle. Já o sistema a Leste do Japão sobre o oceano é um ciclone extratropical que, pela sua natureza, não tem nome. Os dois ciclones são dois enormes “fábricas” de ventos intensos e ondas enormes no oceano na região.

CIRA/CSU

Mindulle estava localizada na manhã desta quinta a cerca de oitocentos quilômetros a Sudoeste de Yokosuka, no Japão, e se deslocou para Norte a uma velocidade de 28 km/h (15 nós) nas últimas seis horas. Mindulle continuará em sua trajetória atual e passará a Leste do Japão. O ambiente atmosférico se degradará lentamente com a interação do tufão com ar frio e seco, além da diminuição de temperaturas da superfície do mar à medida que o ciclone se mover mais para Norte, o que levará ao seu enfraquecimento.

Além disso, em cerca de dois dias, Mindulle começará a transição para ser um ciclone extratropical, ou seja, deixará de ser um ciclone com centro quente e passará a frio. Em três dias, será um um ciclone de núcleo frio muito intenso com um campo de vento enorme junto às ilhas Sakhalin. A altura máxima significativa das ondas no oceano é prevista em quase 14 metros.

Mindulle chegou a ser uma tempestade de categoria 5 no dia 26, uma das mais intensas no planeta em 2021, mas depois enfraqueceu para categoria 4. O tufão passará a aproximadamente 250 quilômetros da ilha japonesa de Honshu amanhã, possivelmente como uma tempestade de categoria 2 enfraquecida. Tóquio estará no flanco fraco (esquerdo) da tempestade, entretanto a capital japonesa estará compreendida na região de ventos com força de tempestade tropical.

O planeta teve cinco tempestades de categoria 5 até agora em 2021. Fora o supertufão Mindulle no Noroeste do Pacífico em 26 de setembro; o supertufão Chanthu no Noroeste do Pacífico e perto das Filipinas em 10 de setembro; o supertufão Surigae no Noroeste do Pacífico E perto das Filipinas em 17 de abril; o ciclone tropical Faraji no Sudoeste do Oceano Índico em 8 de fevereiro; e o ciclone tropical Niran no Oceano Pacífico Sul em 5 de março, conforme levantamento do meteorologista Jeff Masters da Yale Climate Connections.