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Um asteróide se aproximará demais da Terra nesta quinta-feira, aproximando-se perigosamente do nosso planeta. Mas fique tranquilo! Os especialistas da NASA garantem que a rocha espacial passará ao largo da Terra sem impactar a superfície.

No seu ponto mais próximo, o pedregulho extraterrestre – chamado Near-Earth Asteroid 2023 BU – estará a apenas 3.500 quilômetros de distância da superfície da Terra. Os especialistas calcularam que o seu momento de maior aproximação vai se dar às 18h17 (21h17 UTC) desta quinta, quando estiver passando sobre a América do Sul.

Para contextualizar o quão assustadoramente próximo isso é, é cerca de 25% da distância entre a Terra e seus satélites geoestacionários (que estão a cerca de 36.000 km de distância) que usamos para ter as imagens do tempo e das tempestades, e menos de 3% da distância média da Lua.

A impressionante proximidade faz com que seja no ranking o quarto objeto mais próximo da Terra já descoberto. Gennadly Borisov descobriu o asteroide no último fim de semana, em 21 de janeiro, apenas cinco dias antes do quase encontro com a Terra.

O diâmetro estimado de 2023 BU está entre 3,7 e 8,2 metros, o que significa que é tão grande quanto um ônibus e não tão desastroso no que diz respeito aos corpos celestes. Especialistas calcularam sua órbita e insistem que não há chance de o asteroide atingir a Terra.

No entanto, mesmo que atingisse, provavelmente não chegaria à superfície. Rochas espaciais com menos de 25 metros de diâmetro têm maior probabilidade de queimar se entrarem na atmosfera da Terra, diz a NASA, o que significa que causam danos mínimos no solo.

Embora não nos afete, o asteroide passará tecnicamente pela atmosfera superior do nosso planeta. Esta região, conhecida como exosfera, estende-se entre cerca de 10.000 km e 200.000 km acima da Terra. A maioria dos cientistas, porém, não o considera uma parte verdadeira da atmosfera da Terra, pois o ar é muito rarefeito.

No entanto, o asteróide 2023 BU passará bem dentro da órbita dos satélites geoestacionários acima da América do Sul, mas ainda longe da Estação Espacial Internacional a 400 km da Terra.

A rocha espacial foi descoberta no sábado no Observatório Astrofísico da Crimeia em Nauchnyi, na Crimeia, pelo astrônomo superstar Gennadiy Borisov – que também avistou o primeiro cometa já visto que viajou para o sistema solar a partir do espaço interestelar.