Vem aí a chuva do caju para grande parte das cidades do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil que enfrentam semanas ou meses seguidos sem nenhum registro de precipitação. É o que antecipa a previsão do tempo da MetSul Meteorologia para a primeira metade do mês de setembro.
Gradualmente, dia a dia, a chuva deve começar a alcançar cada vez mais cidades do estado do Mato Grosso á medida que a umidade de Norte, vinda da Amazônia, começa a favorecer nuvens de maior desenvolvimento vertical que trazem pancadas principalmente da tarde para a noite.
A chuva que caiu ontem em Brasília depois de 75 dias de tempo seco é uma sinalização de que muito aos poucos começa a mudar o padrão atmosférico no Brasil Centra e que deve reservar o tão anseado retorno das precipitações e o cheiro de terra molhada para muita gente nas próximas duas a três semanas.
Entre a primeira e a segunda semanas de setembro agora, as pancadas de chuva devem alcançar grande parte do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil com o retorno das precipitações após semanas ou meses de tempo seco em cidades do Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e outras áreas do Centro e do Oeste de Minas Gerais, e do interior de São Paulo.
Os mapas dos modelos meteorológicos, disponíveis ao nosso assinante na seção de mapas da página, coincidem em indicar que durante os próximos dez a quinze dias haverá um retorno gradual da umidade com perspectiva de chuva em muitas áreas do Sudeste e do Centro-Oeste que enfrentam um longo período seco.
A chuva, contudo, antecipa a MetSul, deve ser bastante irregular na distribuição. As pancadas atingem uma localidade e nada chove na cidade vizinha em determinado dia. Não é época ainda de chuva mais generalizada e volumosa no Brasil Central. Esta será a primeira chuva depois do período seco e somente no último trimestre do ano verifica-se um aumento mais expressivo das precipitações.
O que é a chuva do caju?
Então, este é um termo conhecido de muitos brasileiros e de diferentes regiões, porém não é uma expressão nacional. Afinal, nem todo lugar do Brasil tem caju plantado e parte do país, como o Sul, tem chuva durante todos os meses do ano e não apresentam uma temporada seca em sua climatologia.
A famosa “chuva do caju” em parte do Brasil é como as pessoas denominam a primeira chuva que ocorre depois da seca. Em alguns locais é conhecida também como a “chuva da manga”. Em regra, as precipitações têm início em meados do mês de setembro.
A chuva do caju é muito esperada não apenas para encerrar o martírio de meses de baixa umidade e tempo firme, mas é vital para o desenvolvimento da fruta. O cajueiro não consegue segurar seus frutos, o que compromete a produção, sem a chuva que retorna nesta época do ano. É umidade importante para brotar nos cajueiros as primeiras flores e em poucos dias os frutos.
O benefício não é apenas das frutas. Com o retorno da chuva, há um alívio da poeira constante que marca a temporada seca do Brasil Central, uma diminuição das queimadas urbanas e rurais, uma melhoria da qualidade do ar e uma condição muito mais ideal da atmosfera para a saúde das pessoas. [Com foto de caps da Embrapa]