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Linhas de transmissão de Itaipu foram derrubadas pelo vento no Paraná | Redes sociais

Os violentos temporais que atingiram o estado do Paraná neste sábado derrubaram linhas de energia e interromperam a transmissão a partir da usina de Itaipu, informou a empresa em um comunicado em seu sítio em espanhol. Manobras de emergência foram feitas para evitar um apagão no Brasil e no Paraguai com a queda da geração. Vendavais com rajadas de vento atingiram vários pontos do estado paranaense com estragos e danos na rede elétrica.

De acordo com o comunicado de Itaipu Binacional, na tarde deste sábado diversas unidades geradoras do setor 60 Hz foram desligadas devido a uma série de desconexões de linhas de transmissão de 765 kV ocasionadas pelo temporal que atingiu a região entre Foz de Iguaçu e Ivaiporã, no Brasil. Relatórios preliminares indicam que provavelmente houve queda de torres e linhas de transmissão entre os locais mencionados.

O acionamento dos esquemas de proteção na usina, após o desligamento das linhas de transmissão, acarretou a redução da geração de energia e do fluxo de água que passa pelas unidades geradoras desconectadas. Para compensar a queda abrupta da vazão, as comportas do vertedouro foram abertas. Essa operação foi necessária, segundo o comunicado, para atender ao disposto no Acordo Tripartite entre Paraguai, Argentina e Brasil, que estabelece limites para a variação de níveis no ponto de medição da água abaixo da Tríplice Fronteira.

A Diretoria Técnica da usina indicou que o vertedouro permanecerá aberto com a vazão mínima possível até que a vazão de descarga em ITAIPU se iguale aos limites esperados. Atualmente, a geração total de energia hidrelétrica é de 6.700 MW e a vazão é de 1.383 metros cúbicos por segundo.

A administração de Itaipu informou ainda que não houve danos às instalações da usina hidrelétrica. O Aeroporto de Foz do Iguaçu registrou vento de 80 km/h, mas as rajadas no Oeste do Paraná passaram de 100 km/h. A queda da torres de linhas de transmissão sugere que o vento em alguns pontos podem ter atingido marcas tão altas quanto 120 km/h a 150 km/h.

O cenário que trouxe o tempo severo no Paraguai e no Paraná é consequência de dois sistemas meteorológicos. O primeiro é um centro de baixa pressão profundo de 995 hPa que atuava hoje com ar quente no Paraguai e no Norte da Argentina. O segundo, uma frente fria que avança pelo Sul do Brasil e encontra ar muito quente em sua dianteira.

Inicialmente, houve a formação de um sistema convectivo de mesoescala (aglomerado de nuvens de temporal) sobre o Paraguai com nuvens muito carregadas que avançaram para o Oeste do Paraná com tempestade. Na sequência, formou-se uma linha de tempestades muito intensa associada ao deslocamento da frente fria capaz de gerar fenômenos muito severos que atua nesta noite principalmente do Centro para o Norte do Paraguai, Sul do Mato Grosso do Sul e no Paraná.

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