Muitas áreas do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil devem ter nos próximos sete dias os maiores acumulados de chuva desde os meses de março e abril, conforme a localidade. A umidade gradualmente retorna ao Brasil Central e, com isso, a chuva. Segundo a climatologia histórica, as precipitações costumam retornar após meses de predomínio de tempo seco na segunda metade de setembro e no começo de outubro.

A chuva dos próximos dias deve alcançar o Alto Paranaíba, o Rio Grande e a região de Furnas, logo a bacia do Rio Paraná que enfrenta uma grave crise hídrica. Obviamente, não será uma precipitação que resolva ou atenue muito a situação dos reservatórios, mas diante do cenário atual toda precipitação é bem-vinda. Será a primeira chuva em meses em diversos locais compreendidos dentro da bacia do Paraná.

O mapa acima mostra a projeção de chuva para os próximos sete dias no Centro-Sul do país a partir do modelo alemão Icon, disponível ao assinante na seção de mapas do site. Observa-se a tendência de chover em grande parte das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste no período com marcas acima de 30 mm em pontos do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, inclusive com acumulados isolados superiores a 50 mm no estado do Mato Grosso. Os maiores volumes de chuva tendem a se dar, entretanto, no Rio Grande do Sul.

Hoje, o tempo fica instável entre o Norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Leste do Paraná. Chove ainda em pontos do Mato Grosso, Goiás e do Distrito Federal. Neste fim de semana, a instabilidade aumenta com mais chuva e em mais lugares no Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, grande parte de São Paulo e ainda no Centro, Oeste e Sul de Minas Gerais, incluindo o Triângulo Mineiro. Na próxima semana, a chuva segue de forma isolada nestas regiões.

Uma vez que a atmosfera vai estar aquecida, o aumento da umidade deve favorecer temporais bastante isolados com raios, vento forte e granizo nos próximos dias no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil. Muitas cidades devem ver raios e relâmpagos no céu pela primeira vez desde abril. Os temporais, isoladamente, podem ser fortes com risco de transtornos e até danos.

No Sul do Brasil, o tempo seco predomina no Rio Grande do Sul até terça-feira, exceto por alguma instabilidade isolada por circulação marítima na faixa Leste. Na terça, da tarde para a noite, chuva isolada já não pode ser afastada em áreas mais a Oeste no interior gaúcho.

De quarta para quinta da semana que vem a instabilidade aumenta muito no Rio Grande do Sul com chuva forte e volumosa principalmente na Metade Sul do estado gaúcho, onde os acumulados podem atingir marcas acima de 50 mm.

A instabilidade prevista para os próximos dias é recém o começo do fim da estação seca no Brasil Central. Somente em outubro se espera um aumento mais pronunciado da chuva com registro até de precipitações acima das médias histórica em áreas do Centro-Oeste e do Sudeste, em especial numa faixa que irá do Mato Grosso a Minas Gerais, passando por Goiás e o Distrito Federal.