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Quero-quero é a ávore símbolo do Rio Grande do Sul | SÉRGIO LOURUZ/SMAM/PMPA

Uma cena chamou atenção em Crissiumal, município do Noroeste do Rio Grande do Sul. Ninho de quero-queros foi observado sobre o telhado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade, o que surpreendeu o presidente da entidade.

A região há três meses registra chuva excessiva com muitas áreas alagadas e cobertas por água. O próprio município de Crissiumal enfrentou dias atrás enchente que bloqueou e causou danos em estradas no interior do município. A notícia do ninho que virou assunto na cidade foi publicada pelo portal Guia Crissiumal.

O ninho foi observado e fotografado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Marcos Zimmermann. Após vários temporais na cidade, o dirigente sindical foi verificar o telhado da sede da entidade e acabou se deparando com o ninho.

O quero-quero, cuja denominação científica é Vanellus chilensis, é ave símbolo do estado do Rio Grande do Sul. Comporte médio, de 32 cm a 38 cm de comprimento, e peso aproximado de 300 gramas.

Quando adulta, a ave possui esporões no ângulo das asas, que são usados como arma de ataque e defesa. Apesar de ser um bom voador, passa a maior parte do tempo em terra. Nas regiões urbanizadas, preferem locais como jardins e gramados. O quero-quero é uma ave territorial muito vigilante, sendo chamado de “sentinela dos campos”.

Quero-quero sobre telhado do sindicato de Crissiumal | MARCOS ZIMMERMANN/DIVULGAÇÃO

O insólito ninho sobre telhado no Noroeste gaúcho | MARCOS ZIMMERMANN/DIVULGAÇÃO

Por que o ninho é insólito? Embora haja relatos de ninhos em telhados, o quero-quero quase sempre faz seu ninhos no chão. Em outubro de 2018, a Secretaria do Meio Ambiente (Smam), de Porto Alegre, chegou a publicar um comunicado sobre um chamado incomum que recebeu envolvendo ninho de quero-queros.

No comunicado, a secretaria descreve que “a equipe de Fauna Silvestre, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), atendeu a um chamado raro na manhã por uma fêmea de quero-quero que fez seu ninho em um telhado, no bairro Lomba do Pinheiro”, zona Leste da capital gaúcha.

“Esta é uma espécie de campo que sempre faz ninhos no chão”, explicou à época a chefe da equipe, a bióloga Soraya Ribeiro. “Nunca houve registro de ninho em uma situação como a desta ocorrência. Desconhecemos que tal fato já tenha sido observado em Porto Alegre ou mesmo no Rio Grande do Sul”, frisou naquele momento.

Apesar de extremamente comum, a espécie ainda é pouco estudada. Não há dados sobre a população total de quero-queros, já que os estudos até agora realizados se concentraram principalmente sobre grupos de áreas urbanas.

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