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Até o começo de abril a chuva seguirá com grandes volumes em partes do Norte do país, bem como, seguirá frequente no estados do Sul. A expectativa é de elevar ainda mais os volumes que já estão acima da média mensal de março em estados do Norte, parte do Centro-Oeste e interior do Nordeste. No Sul do país o monitor de seca ainda avaliou como severa a estiagem que afeta o Oeste do Rio Grade do Sul. Por outro lado os repetidos eventos de chuva, ainda que irregulares, tendem a trazer alguma melhora.

Antecipadamente o Sul do país começa a ter maior frequência da passagem de frentes frias, principal fenômeno que causa chuva nos meses de outono. A expectativa até o começo de abril são de ao menos 3 delas. A primeira no próximo fim de semana, a segunda na virada do mês e a terceira ao redor do dia 07 de abril. Até os primeiros dias de abril, a tendencia é que chova diariamente em parte do território gaúcho. Além disso, há risco de temporais pelo menos até o dia 30 de março. Portanto, a chuva tende a ser muito mal distribuição com volumes que podem ser altos em alguns pontos. Como resultado março pode terminar com chuva acima da média histórica em diversas regiões. As saídas recentes dos modelos indicam volumes entre 75 e 150 mm nos próximos dias no Rio Grande do Sul. Entre Santa Catarina e Paraná a chuva avança com mais força entre os dias 25 e 30 de março.

Ao mesmo tempo o Sudeste teve uma “virada de chave” com a redução da chuva na última semana na região e alívio após longa sequencia de períodos chuvosos e de recorrentes temporais. Nos próximos dias até o domingo o sol predomina em praticamente toda a região. Nos últimos dias de março uma frente fria passa pela região levando nuvens e pancadas de chuva, sobretudo, para o Leste. Como resultado chove em parte do Leste de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.  No Espírito Santo a tendencia é mais de nuvens do que chuva expressiva. No começo de abril a chuva alcança o Espírito Santo com maior intensidade, mas ainda com baixos acumulados. No total previsto para os próximos 10 dias modelos projetam entre 30 e 50 mm para o Leste da região. No interior de Minas Gerais e São Paulo a tendência é de não chover.

Simultaneamente no Centro-Oeste o mês de março já tem volumes acima da média em Mato Grosso, partes de Goiás e Mato Grosso do Sul. Até o fim de semana Mato Grosso terá vários pulsos de chuva forte com risco de temporais. Já em Mato Grosso do Sul e Goiás predomina o sol e o calor com eventual chuva passageira e isolada. A instabilidade atua de forma mais ampla na região a partir do dia 28 com uma frente fria avançando pelo mar na altura do Sudeste e redistribuindo  de umidade pelo interior do continente. Portanto a chuva poderá ocorrer nos três estados da região na forma de pancadas. Seja como for não há expectativa de chuva generalizada nos próximos 10 dias sobre o Centro-Oeste. Em geral, o sol predomina, sobretudo no Sul e Leste. Os volumes mais altos de chuva nos próximos 10 dias tendem a ocorrer no Oeste e Noroeste de Mato Grosso com acumulados acima de 150 mm em alguns pontos.

Enquanto isso na região Nordeste a Zona de Convergência Intertropical, ZCIT, tem definido o padrão e frequência da chuva. Entre o Maranhão e o Rio Grande do Norte em muitas cidades a média mensal de março já foi ultrapassada com eventos de chuva forte das últimas semanas. Modelos projetam que até o fim de semana a chuva atinge as bordas Norte e Leste  da região. Em parte  por conta da ZCIT no setor Norte da faixa que vai do Maranhão ao Ceará e ainda na parte Leste entre a Zona da Mata  e o Litoral da faixa que vai de Rio Grande do Norte até Sergipe e parte norte da Bahia. No começo da próxima semana a tendencia é da chuva diminuir em grande parte da região. Por outro lado a ZCIT irá reforçar a chuva na parte Norte e voltará a chover forte com acumulados altos ente Maranhã, Piauí, Ceará e parte do Rio Grande do Norte. Nos próximos 10 dias vai chover mais entre o Maranhão e o Ceará com até 200 mm na faixa norte desses estados.

No Norte a chuva que foi muito volumosa entre o Acre, Rondônia e parte Sul do Amazonas tende a diminuir nos próximos dias, porém a instabilidade segue e pode manter o risco de transtornos em algumas áreas. Antes disso entre hoje e amanhã a situação ainda é de atenção e alerta porque ainda há risco de chuva forte e com volumes significativos nessas áreas. Na última semana de março a expectativa, especialmente a partir do sábado é da chuva se distribuir melhor com alguns eventos forte no Norte e Noroeste do Amazonas e em partes do Pará nos últimos dias do mês. Nos próximos 10 dias chove menos no Tocantins com acumulados previstos que não passam muito de 50 mm na maior parte da região. Volumes ao redor de 200 mm são esperados até o começo de abril entre Amazonas, Pará, Acre e parte de Rondônia.