Ciclones tropicais (tempestades tropicais e furacões) causam bilhões de dólares todos os anos no mundo. O último ano mostrou como esses fenômenos podem ser arrasadores com ilhas inteiras destruídas no Caribe. O Catarina, furacão que atingiu o Rio Grande do Sul e Santa Catarina 2004, liquidou o entendimento científico até então existente que estávamos livre deste risco na costa brasileira pelas condições atmosféricas hostis à gênese destas tempestades no Atlântico Sul. Desde 2004 houve vários ciclones tropicais e subtropicais no litoral do Brasil, sem a dimensão ou força do Catarina. Um estudo que acaba de ser publicado por pesquisadores da Universidade de Columbia, dos Estados Unidos, desenvolveu novo modelo numérico para identificar o potencial de formação de ciclones tropicais.

Mesmo não alto, segundo simulação do modelo grande parte da costa brasileira tem risco de ao menos furacão categoria 1 no futuro. E pequena área, entre as costas do Sul e do Sudeste (mapa), foi identificada com potencial para furacões categoria 3 ou superior. Catarina foi um furacão no limite das categorias 1 e 2, mas houvesse sondagem por aviões como há no Atlântico Norte não seria surpresa se os dados tivessem identificado tempestade mais intensa.