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No filme “Tudo por um Sonho” (Chasing Mavericks), o jovem Jay Moriarty acaba conhecendo na Califórnia as mitológicas ondas de Mavericks e é treinado pelo seu vizinho e mentor para surfá-las. Acompanhando os boletins meteorológicos e as previsões de ondas pelo rádio, a espera é pela chegada do swell perfeito que trará o momento mais aguardado em Mavericks. 

Não foi Mavericks, mas a praia do Rosa (SC) testemunhou neste fim de semana um dos maiores episódios de swell já vistos no verão. O mar foi “gigante” com ondas enormes que fizeram a alegria dos surfistas mais experientes. O saldo, pela violência do mar, foram seis pranchas quebradas e três perdidas. 

Gabriel Gomes, fotógrafo especializado em surfe e que atuou registrando diversos campeonatos do esporte nos últimos anos, relatou à MetSul que os surfistas fizeram tow-in (chegaram às ondas de jet-ski). “Passei a tarde no jet e foi um dos maiores mares que já vi por aqui”,  disse. As imagens de Gabriel Gomes do swell do ciclone no Rosa são impressionantes. 


O Sul do Brasil foi alcançado por um dos maiores swell dos últimos anos e com intensidade rara de se ver durante o verão. Foi uma das mais fortes ressacas do mar na história recente do Litoral Norte gaúcho e sem precedentes na memória de uma tão intensa no período de verão. 

O que fez desta ressaca incomum foi a sua força nesta época do ano. Isso porque ressacas ocorrem em qualquer estação, mas costumam ser fortes em episódios no outono, inverno e primavera, mas não no verão.

Os ciclones dos meses mais frios do ano costumam ser intensos, mas não nesta época do ano. Este ciclone de agora foi incomum, ademais, não apenas por ser intenso, mas também por se formar nas latitudes do Rio Grande do Sul e ainda por cima em pleno verão, o que também é incomum. 

O resultado foi a ressaca atípica em força pra estação. A MetSul Meteorologia, em razão da tendência de formação do ciclone intenso, alertava do risco de forte ressaca do mar e possibilidade mesmo de erosão costeira, o que veio a ocorrer.

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