O litoral gaúcho foi atingido por uma forte ressaca com ondas de três a quatros metros no mar nesta sexta-feira (5). O mar avançou na maioria das praias até os cômoros e a faixa de areia sumiu sob as águas.
No Litoral Sul, a força do mar causou a destruição de uma dezena de guaritas de salva-vidas no Cassino. No Litoral Norte, os principais danos ocorreram nos quiosques.
TEMPO | Câmera de segurança registra a força da ressaca do mar nesta tarde em Capão da Canoa. Saiba mais sobre a agitação marítima pelo ciclone em https://t.co/Jsr27UPT4g. pic.twitter.com/fFDNrA6m5a
— MetSul.com (@metsul) February 5, 2021
O mar só não avançou sobre as ruas dos balneários pela proteção oferecida pelas dunas. Em algumas praias, o barreira física dos calçadões foi o que separou o mar das casas e prédios, como em Capäo da Canoa.
TEMPO | Forte ressaca do mar em Torres em razão do intenso ciclone na costa em vídeo de Naná Hausen. Saiba mais sobre a agitação marítima pelo ciclone em https://t.co/Jsr27UPT4g. pic.twitter.com/hJOXXUqpAb
— MetSul.com (@metsul) February 5, 2021
TEMPO | Força da ressaca é tal em Capão da Canoa que as ondas chegam à barreira do calçadão. Saiba mais sobre a agitação marítima pelo ciclone em https://t.co/Jsr27UPT4g. pic.twitter.com/wDvKSRHzE7
— MetSul.com (@metsul) February 5, 2021
TEMPO | Significativa maré de tempestade com forte ressaca no mar na praia de Nazaré, em Cidreira. Vídeo de Leo Reis. Saiba mais sobre a agitação marítima pelo ciclone e a previsão em https://t.co/Jsr27UPT4g. pic.twitter.com/arXIpZDmxk
— MetSul.com (@metsul) February 5, 2021
TEMPO | Forte ressaca do mar em balneário Presidente, em Imbé, em vídeo de Clovis Pedrozo. Saiba mais sobre a agitação marítima pelo ciclone e a previsão em https://t.co/Jsr27UPT4g. pic.twitter.com/kuERp8lA2F
— MetSul.com (@metsul) February 5, 2021
O que houve foi uma maré de tempestade (storm surge) muito significativa em razão de um ciclone extratropical intenso a Leste do Rio Grande do Sul.
O ciclone pouco se movimentou ao longo da sexta-feira, permanecendo quase estacionário sobre o Atlântico.
TEMPO | Animação das imagens de satélite via @CIRA_CSU mostra o giro do intenso ciclone extratropical junto à costa gaúcha nesta sexta-feira e que foi responsável pela intensa ressaca na orla. pic.twitter.com/FgUBTRtRGf
— MetSul.com (@metsul) February 5, 2021
TEMPO | Animação das imagens de satélite das últimas oito horas do vórtice do ciclone junto ao litoral do Rio Grande do Sul. Agastamento é muito lento e sistema está quase estacionário. Veja os efeitos do ciclone e a previsão em https://t.co/TRh7LaMQHV. pic.twitter.com/b1QfXqjXLo
— MetSul.com (@metsul) February 5, 2021
As análises dos modelos chegaram a indicara pressão mínima às 12Z (9h de Brasília) no centro do sistema de tão-somente 981 hPa, ou seja, um ciclone muito profundo.
Por que a ressaca foi intensa? Primeiro, não foi surpresa. A MetSul Meteorologia, em razão da tendência de formação do ciclone intenso, alertava do risco de forte ressaca do mar e possibilidade mesmo de erosão costeira.
O que fez da ressaca incomum foi a sua força nesta época do ano. Ressacas ocorrem em qualquer estação, mas costumam ser fortes em episódios no outono, inverno e primavera, mas não no verão.
TEMPO | Drone registra a maré de tempestade com forte ressaca do mar em Tramandaí. Imagens de Gabriel Gomes. Saiba mais sobre a agitação marítima pelo ciclone e a previsão em https://t.co/Jsr27UPT4g. pic.twitter.com/bJDhRlXj9a
— MetSul.com (@metsul) February 5, 2021
Isso porque os ciclones dos meses mais frios do ano costumam ser intensos. Este ciclone de agora foi incomum não apenas por ser intenso, mas por se formar nas latitudes do Rio Grande do Sul e ainda por cima em pleno verão. O resultado foi a ressaca atípica em força pra estação.
Neste fim de semana, a costa gaúcha ainda sofre a influência do swell do ciclone, mas a ressaca vai gradualmente ceder à medida que o ciclone se afasta, sobretudo no domingo. A agitação marítima, que também atingiu Santa Catarina, chegará ao litoral do Sudeste do Brasil.