Monitoramento de raios será aprimorado no continente americano com os dados do novo sensor de descargas elétricas a bordo mais recente e moderno satélite da NOAA, o GOES-18 | MARIANA SUAREZ/AFP/METSUL METEOROLOGIA/ARQUIVO

O monitoramento de raios vai melhorar ainda mais. O mais novo satélite meteorológico da NOAA está mostrando outro de seus recursos com a revelação das primeiras imagens do seu sensor Geostationary Lightning Mapper (GLM). O sensor GLM a bordo do satélite GOES-18 pode detectar todos os relâmpagos – seja nuvem-nuvem ou nuvem-solo – sobre as América do Norte, Central e do Sul, além de oceanos adjacentes. O GLM mede a extensão dos relâmpagos e a distância que eles viajam, afirma a NOAA, a agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos.

“O GOES-18 GLM fornecerá informações de relâmpagos atualizadas rapidamente em uma vasta região de dados escassos”, disse o Dr. Scott Rudlosky, cientista da NOAA e especialista do Geostationary Lightning Mapper. “Observar os sistemas de tempestade à medida que se desenvolvem ajuda os meteorologistas e o público a se prepararem melhor para os impactos”, afirma. O GOES-18 foi lançado com sucesso em março de Cabo Canaveral.

Além de detectar raios, os especialistas do GLM esperam usar os satélites para rastrear outros eventos meteorológicos de alto impacto para a população nas Américas, como tempestades de granizo, ventos de microexplosão, inundações repentinas, tempestades de neve e incêndios florestais.

Mas tem mais. Melhores dados, melhor inicialização dos modelos e melhor previsão do tempo. Com os dados de alta resolução, a NOAA espera estimular avanços na inicialização de modelos numéricos de previsão do tempo por meio de uma melhor identificação de convecção profunda, melhorar o roteamento de aeronaves comerciais, militares e particulares sobre regiões oceânicas onde as observações da intensidade das tempestades são escassas.

O novo sensor GLM deve ainda aprimorar a capacidade de monitorar a intensificação ou declínio de tempestades durante interrupções de radar ou onde a cobertura de radar é pobre ou escassa, como em áreas montanhosas e regiões oceânicas. Mesmo a cobertura de ciclones tropicais terá um impulso, pois o sensor será capaz de detectar aumentos na atividade de raios em torno de distúrbios, um sinal de uma tempestade que está se fortalecendo.

“O GOES-18 GLM é o primeiro que conseguimos modificar para incorporar as lições aprendidas com o primeiro GOES-16 GLM desse tipo”, disse o Dr. Rudlosky. “Essas mudanças sutis de hardware acompanham as mudanças de software já implementadas para melhorar o desempenho do GLM”, afirmou.

Os dados de raios captados pelo sensor GLM do satélite GOES-16 podem ser acessados gratuitamente e a qualquer hora por você em metsul.com/raios, um endereço para você ter salvo entre os favoritos do seu celular ou computador para monitorar as descargas atmosféricas quando há uma tempestade se aproximando ou atuando.