A mesma chuva que trouxe os transtornos também é a a responsável por elevar o nível dos reservatórios contribuindo assim para afastar o risco de crise hidrológica maior. No cenário hidrológico mais otimista, o nível do armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste pode chegar a 51,4% no início da segunda metade de fevereiro, conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O percentual apresentado não é alcançado desde junho de 2020 na região, que concentra 70% dos reservatórios do país. O cenário representa 25,4 p.p acima do nível verificado no dia 31 de julho de 2021, considerando o pior cenário de precipitação. Até 2 de fevereiro, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste estava com 42,85% da sua capacidade.

Sabesp

O volume do reservatório equivalente do Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentou 49,4%, em 31 de janeiro deste ano, 5,1 p.p. acima do previsto na primeira reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realizada em 2022. O reservatório equivalente é uma espécie de reservatório abstrato que representa a soma do volume de todos os aproveitamentos dos tipos Reservatório e Usina com Reservatório do Sistema Interligado Nacional. Se comparado com o mês passado, também houve melhora nas afluências, principalmente nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte do país. Expectativa para o armazenamento do SIN, no final de fevereiro, está entre de 55,2 % e 60,6%, a depender do cenário.

Nas simulações apresentadas, destacou-se que as restrições hidráulicas associadas ao Plano de Contingência para recuperação dos reservatórios, bem como o Protocolo de Compromisso para restabelecimento das condições da outorga de Ilha Solteira estão sendo atendidos.

Na ocasião, foi sugerido ao colegiado que houvesse a redução do acionamento das térmicas despachadas pelo ONS para um total de até 10.000 MW médios ao longo do mês de fevereiro com Custo Variável Unitário – CVU de até R$ 600/MWh.

Até janeiro, com o objetivo de minimizar custos com a operação termelétricas mais caras, o limite da geração desta fonte de energia era de até 15.000 MW médios, limitados a termelétricas com CVU de até R$ 1.000/MWh, ou R$ 1.500/MWh em casos excepcionais.

Há mais de um ano o ONS afirma que há mais de um ano executa medidas preventivas para melhorar as condições de atendimento eletroenergético.