Choveu em pelo menos metade do dias do ano até agora em Porto Alegre e alguns bairros do Centro e Norte da Capital acumularam apenas na primeira metade do mês 130 mm ou mais. A média histórica de precipitação de janeiro da cidade é 100,1 mm. No interior, volumes ainda maiores. E não precisa ir longe. Na Grande Porto Alegre há pontos com quase 200 mm neste mês. Grande parte do interior anota precipitação acima de 150 mm e vários locais com mais de 200 mm, o que fará com que o Rio Grande do Sul feche o mês com índices pluviométricos altíssimos para esta época e muito acima dos padrões históricos. Isso explica o porquê do Rio Uruguai ter tido cheia em pleno verão, o que é raro. Soma complexa de fatores contribui para este janeiro chuvoso, mas uma condição resume este janeiro chuvoso: o aporte de umidade da Amazônia. Observe na imagem de hoje de água precipitável na atmosfera como o padrão de tempo seco em Minas e em estados mais a Nordeste do Estado tem feito com que o canal primário de umidade da América do Sul atue mais ao Sul do que o normal para a climatologia do verão, o que traz ar mais úmido tropical pelo Centro-Oeste, Bolívia e Norte da Argentina pro Sul do Brasil.
E querem saber? O tempo não firma até a metade da semana que vem e vem mais água! Hoje tem chuva localizada no Rio Grande do Sul com o ingresso de ar mais quente de Norte que estimulará instabilidade. No fim de semana, apesar de períodos de melhoria, o Estado terá abundante nebulosidade e chuva tanto no sábado como no domingo na maioria das regiões e localmente forte. Algumas cidades podem ter altos volumes de chuva com acumulados de 50 mm a 100 mm. Não se pode afastar o risco de chuva moderada a forte em alguns momentos na Capital, Grande Porto Alegre e Litoral Norte neste fim de semana. Já na segunda-feira, vai esquentar e ocorrem pancadas de chuva e temporais isolados, sobretudo da tarde para a noite. E na terça-feira, uma frente fria irá avançar pelo território gaúcho com registro de mais chuva na maioria das regiões.