Porto Alegre ficou debaixo d’água há exatamente 75 anos. Em um dos piores temporais já ocorridos no verão na cidade, a Capital viveu o caos com inundações e desabamentos de prédios em 14, 15 e 16 de janeiro de 1940 (leia mais). Ontem, no aniversário do evento, a chuva não foi intensa como há sete décadas na Capital, mas foi suficientemente forte para alagar ruas. Os volumes em apenas meia hora ficaram ao redor de 30 mm em alguns dos bairros da zona Sul da cidade, cerca de um terço da média do mês. Desta vez não teve vento localizado tão intenso como na terça, mas sequer as concessionárias de energia tinham normalizado os serviços interrompidos pelo temporal da véspera e veio a tormenta de ontem à tarde. Ao redor de 400 mil pessoas estavam sem luz no começo da noite de ontem no Estado e em torno de 100 mil gaúchos na manhã desta quinta-feira. No interior, choveu muito em algumas regiões, caso de Encruzilhada do Sul que teve perto de 100 mm em 24 horas. O vento atingiu 83 km/h em Mostardas, 82 km/h em São Gabriel, e 76 km/h em Ausentes e em Lagoa Vermelha. Em Porto Alegre, as rajadas de vento reguistradas foram de 63 km/h no aeroporto durante o temporal da tarde de quarta-feira.


Chegada do temporal ontem em Porto Alegre em registros de Kriss Caetano (acima) e Fernando Mainar (abaixo)

O sol chega a aparecer com nuvens hoje e amanhã em vários pontos do Estado, contudo ainda se espera chuva passageira, mais concentrada na Metade Norte. No Oeste e Sul, a presença do sol com nuvens é maior hoje. No Nordeste do Estado, como na Serra e no Litoral Norte, a cobertura de nuvens é mais acentuada com maior probabilidade de chuva e garoa. No sábado, mais uma vez alternância de pancadas de chuva (fortes apenas em pontos isolados) com sol e nuvens no Rio Grande do Sul. No domingo se espera maior nebulosidade no Estado e chuva que pode ser forte localmente. Vai continuar bastante abafado.