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O Chile enfrenta uma gravíssima seca que já dura treze anos que seca rios e lagos em diferentes pontos do país, a ponto de serem instaladas placas de captação de umidade de nevoeiro para a fabricação de cerveja, mas nos últimos dias foram registrados nos Andes grandes precipitações de neve que são importantes para o abastecimento de água dos chilenos.

Uma das áreas que teve neve é uma das mais áridas do planeta, mas que não deixa de receber precipitação, especialmente durante a passagem de sistemas de baixa pressão segregados ou áreas de baixa pressão que cruzam do Chile para a Argentina com umidade e muita neve, tal como se deu nos últimos dias.

O astrônomo e colunista de Astronomia do jornal El Mercúrio de Santiago, Roger Leiton-Thompson, publicou em suas redes sociais impressionantes imagens da paisagem montanhosa congelada na região do deserto do Atacama, um dos locais preferidos dos astrônomos pelo clima árido com ar seco e limpo em muitos dias de tempo aberto a cada ano.

Por isso, a região tem centros de observação espacial como o Observatório Europeu do Sul, não muito distante da turística cidade de San Pedro de Atacama que recebe pessoas do mundo inteiro e muitos turistas do Brasil pelas suas paisagens com aspecto marciano,

As fotografias de Roger Leiton-Thompson foram feitas no Observatório Las Campanas, que está localizado a 2.380 metros de altitude no extremo Sul do deserto do Atacama, no Chile, e foi estabelecido em 1969 para abrigar telescópios refletores de 40 e 100 polegadas.

ROGER LEITON-THOMPSON/TWITTER/DIVULGAÇÃO

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As mais recentes adições, refletores gêmeos de 6,5 metros, são membros notáveis da última geração de telescópios gigantes. O futuro do Observatório Las Campanas será marcado pela construção do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT), um telescópio extremamente grande que, com sete espelhos segmentados, terá 80 pés de diâmetro. O LCO faz parte da divisão de Astronomia e Astrofísica da Carnegie Institution for Science.

Por falar em gelo, um grupo de cientistas do Observatório de Las Campanas captou grandes nuvens de gelo ao redor dos gigantes gasosos do nosso sistema solar, em 2014. O Telescópio Gigante de Magalhães, que terá capacidade dez vezes maior que a do Hubble, deve ser capaz de detectar moléculas orgânicas na atmosfera de planetas distantes.