Incêndio florestal de grandes proporções é combatido por terra e ar no Litoral do Rio Grande do Sul. O fogo atinge uma área de reflorestamento nas imediações da RS-784 e da Lagoa Fortaleza, em Cidreira. De acordo com o portal Litoral na Rede, as chamas começaram pouco antes das 10h da manhã de ontem.
O enfrentamento do incêndio mobilizou mais de 50 pessoas. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), as chamas puderem ser controlas na noite da segunda-feira. A ação envolveu 40 brigadistas da empresa dona da plantação de pinus, oito bombeiros voluntários e quatro militares. As equipes atuam com trator esteira, trator pipa, retroescavadeira e dois caminhões auto bomba tanque. Duas aeronaves sobrevoaram a área em chamas e jogam água nos focos de incêndio.
O comandante do Pelotão de Bombeiro Militar de Cidreira, sargento Alexandro da Silveira, informou ao Litoral na Rede que por se tratar de uma área privada não havia riscos a residências. A estimativa é de que a área atingida pelo incêndio seja de aproximadamente 50 hectares.
“Após incansáveis combates aéreos e por terra, não temos mais linha de fogo, e também foi realizado com o trator de esteira um enorme de um aceiro delimitando toda área queimada para não queimada. Estamos retraindo as Guarnições e a área ficará monitorada pela empresa CMCP com entorno de 30 brigadistas”, informaram os bombeiros.
O incêndio em Cidreira é apenas o começo de uma temporada de incêndios em vegetação que se desenha crítica no verão e no começo do outono de 2022 no Rio Grande do Sul. Na última semana, a MetSul alertava que a combinação de estiagem e temperatura acima da média com fortes ondas de calor trará um verão de muito fogo em vegetação no estado gaúcho.
No alerta, a MetSul enfatizou que o risco de fogo em vegetação no verão gaúcho em 2022 será maior do que os historicamente observados. O número de focos de calor (queimadas e incêndios) deverá se situar acima da média histórica que tem início em 1998. Os verões com maior incidência de fogo no Rio Grande do Sul são justamente os mais secos e de calor mais intenso.
Na advertência, destacou-se que todas as regiões gaúchas têm risco de fogo maior nesta estação, entretanto as áreas que mais preocupam são o Oeste e o Sul gaúcho que devem ter menos chuva e temperatura muito alta em vários momentos deste verão com algumas ondas de calor de forte intensidade.
“Entre pontos críticos para fogo durante verões com longos períodos secos e quentes, como se prevê, estão as florestas de pinus do Centro, Sul e o Leste gaúcho, sujeitas a grandes incêndios. Os morros de Porto Alegre, da mesma forma, costumam ser áreas vulneráveis a queimadas em momentos de tempo muito seco e calor excessivo durante a estação, notadamente nos meses de fevereiro e março”, assinalou o alerta.