O furacão Fiona atingiu com força a costa leste do Canadá neste fim de semana, deixando meio milhão de residências sem luz, ávores arrancadas, casas destruídas e linhas elétricas danificadas. “Fiona veio e deixou a sua marca na Nova Escócia e nas províncias vizinhas”, disse o chefe de governo dessa região, Tim Houston, em entrevista coletiva concedida na tarde de ontem.
⚠️#HurricaneFiona is impacting communities in Canada. Stay safe by continuing to take precautions, following directions from local authorities, checking in on your neighbours and avoiding using water that may have been contaminated.
More tips: https://t.co/TTTj1N0rWW pic.twitter.com/EGiZpTIWoG— Canadian Red Cross (@redcrosscanada) September 24, 2022
Segundo autoridades canadenses, Fiona, rebaixada a tempestade pós-tropical, ainda provocava ventos sustentados de 120 km/h ao avançar sobre terra. “Grandes ondas atingiram a costa Leste da Nova Escócia e o Sudoeste da Terra Nova, superando 12 metros”, observaram as autoridades.
Duas mulheres foram levadas em Channel-Port aux Basques, na província de Newfoundland, de acordo com um porta-voz da polícia. Uma das duas vítimas, arrastada após o desabamento de sua casa, foi socorrida e hospitalizada, e a outra continua desaparecida.
“Estou pensando em todos os afetados pelo furacão Fiona. Saibam que estamos com vocês”, tuitou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciando que as autoridades federais estavam prontas “para proporcionar recursos adicionais às províncias”.
We’re taking action to be there for people across Atlantic Canada and Eastern Quebec, as they deal with the impacts of Hurricane Fiona. I spoke today about the steps we’re taking to provide them with the support they need – take a look: pic.twitter.com/pmCGlghokr
— Justin Trudeau (@JustinTrudeau) September 25, 2022
“Nunca havíamos visto condições climáticas como essa”, tuitou a polícia de Charlottetown, na Ilha do Príncipe Edward. “É inacreditável. Não tem eletricidade, não tem wifi, não tem rede”, confirmou o prefeito da cidade, Philip Brown, em entrevista ao canal público da Rádio Canadá.
The view from our office window right now. #nlwx #HurricaneFiona #PortauxBasques #Newfoundland pic.twitter.com/KxjZGUbgk3
— Wreckhouse Press (@WreckhousePress) September 24, 2022
In Pictures: Post-tropical storm Fiona batters the Maritimes https://t.co/PZIuIPqKvz pic.twitter.com/W8451YNsTu
— CTV News (@CTVNews) September 24, 2022
Extreme storm surge and flooding in Port aux Basques. Hearing some houses and buildings have washed away in the area. Lots of debris. Talking to residents fleeing their homes, some in tears. Fiona is a monster. #nlwx pic.twitter.com/8DiYikAq5Z
— Malone Mullin (@malonemullin) September 24, 2022
Conditions are like nothing we’ve ever seen. We are logging reports of downed trees and wires but will only be responding to emergency calls. -Dispatcher Kelly ☎️ pic.twitter.com/gX7YPTPDSN
— Charlottetown Police (@ChtownPolice) September 24, 2022
“Muitas árvores caíram, há muitas inundações nas estradas”, acrescentou. A operadora Nova Scotia Power, que abastece a província de Nova Escócia, impactada por Fiona, relatou mais de 384.000 clientes sem energia. Nas outras duas províncias mais afetadas, a Ilha do Príncipe Edward e New Brunswick, as operadoras reportaram 82 mil e 44 mil sem luz, respectivamente.
Fiona passou antes como furacão de categoria 4 a cerca de 160 quilômetros a Oeste das Bermudas, depois de deixar um rastro de destruição no Caribe. Com rajadas de até 160 km/h e fortes chuvas sobre o território britânico de 64 mil habitantes, Fiona não deixou vítimas, nem danos graves.
De acordo com a operadora de energia Belco, 36 mil lares ficaram sem energia. Em muitas áreas, acrescenta a empresa, a luz foi restabelecida rapidamente. Moradores publicaram nas redes sociais fotos de linhas de transmissão de energia derrubadas e algumas inundações.
Fiona matou quatro pessoas em Porto Rico na semana passada, segundo a imprensa norte-americana, enquanto uma morte foi relatada no departamento ultramarino francês de Guadalupe, e duas, na República Dominicana.
Em Porto Rico, que ainda tenta se recuperar da devastação causada pelo furacão María, há cinco anos, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou estado de emergência. Além disso, a Fema, a agência federal para gestão de desastres dos Estados Unidos, planeja enviar mais centenas de membros de seu pessoal para a ilha, que sofreu apagões, deslizamentos de terra e inundações. Na República Dominicana, o presidente Luis Abinader declarou estado de desastre natural em três províncias do leste do território.