A imagem do satélite GOES da madrugada do dia 12 de junho registrou novamente fato curioso no oceano Pacífico próximo a Costa do Chile, uma enorme cabeça de dinossauro. As imagens de satélite são essenciais ao trabalho dos meteorologistas que se utilizam dessa ferramenta para identificar diferentes tipos de nuvens sejam elas cumulo nimbus que formam os temporais, sejam os nevoeiros que atrapalham a visibilidade em superfície. Fato é que somos observadores diários dessas imagens e não é raro identificarmos nelas figuras curiosas que nos lembram imagens que nada tem haver com a condição meteorológica. Como foi o caso de ontem quando um dinossauro apareceu na imagem de satélite. A colega meteorologista Cátia Braga observou que havia um dinossauro na imagem, o qual ela apelidou carinhosamente como “dinossauro do amor” por dar as caras justamente no dia dos namorados.
Quando analisamos a imagem de disco completa é possível ver a extensão da cabeça do dinossauro que mede ao redor de 3500 km no Pacífico do início , no seu pescoço, na altura do Equador até o Sul do Chile, na ponta do seu focinho.
Por outro lado, a imagem de satélite de ontem tem alguns fatores especiais; entre eles a região em que o dinossauro foi identificado, pois há cerca de pouco mais de um mês a mesma região teve o registro de uma enorme letra G.
TEMPO | O que é isso, gente? Satélite mostra enorme letra “G” no céu da costa do Chile. https://t.co/Z5HntYQhg2
— MetSul.com (@metsul) May 6, 2022
Outro fator interessante é que não é a primeira vez que o focinho de um dinossauro aparece numa imagem de satélite. No ano de 2016 quando da passagem do furacão Matthew pelo caribe houve registro parecido, porém muito mais assustador por se tratar da passagem de um intenso e devastador furacão.
O furacão Matthew foi o primeiro de categoria 5 no Atlântico desde Felix em 2007. Matthew causou danos catastróficos e uma crise humanitária no Haiti, bem como devastação generalizada no Sudeste dos Estados Unidos.
O furacão mais mortal no Atlântico desde Stan em 2005, Matthew foi a décima terceira tempestade nomeada, o quinto furacão e segundo furacão intenso (categorias 3 a 5) da temporada do Atlântico de 2016. A tempestade deixou mais de 600 mortos, sendo mais de 500 no Haiti, e prejuízos de 16 bilhões de dólares.
Sinister-looking face of #HurricaneMatthew at landfall in #Haiti [Un-doctored #weather #satellite image] pic.twitter.com/hrviDVuJ3R
— Stu Ostro (@StuOstro) October 4, 2016
A CIÊNCIA DA PAREIDOLIA
Em síntese, esse é um fenômeno que se chama da pareidolia. Analogamente, é o mesmo que faz a gente ver animais ou objetos nos formatos das nuvens no céu ou uma figura divina numa mancha na parede.
Nesse interim, uma pesquisa da Universidade de New South Wales (UNSW) – Sydney mostrou que processamos rostos “falsos” usando os mesmos mecanismos visuais do cérebro que fazemos para os reais. Em um artigo publicado na revista Psychological Science, o pesquisador principal Dr. Colin Palmer, da Escola de Psicologia da UNSW Science, afirma que ver rostos em objetos do cotidiano é muito comum, o que é destacado pelos muitos memes e páginas da web dedicadas a ele na internet.
“Páginas em sites como Flickr e Reddit acumularam milhares de fotografias de objetos do cotidiano que se parecem com rostos, enviadas por usuários de todo o mundo”, diz ele.
“Uma característica marcante desses objetos é que eles não apenas se parecem com rostos, mas podem até transmitir um senso de personalidade ou significado social. Por exemplo, as janelas de uma casa podem parecer dois olhos observando você, e um pimentão pode ter uma aparência feliz”, diz.
Aqui no site da Metsul já falamos desse fenômeno em diversas ocasiões. Lembra da imagem de um coelho na nuvem? E da nuvem do Fernandão, ídolo colorado?