Chuva deve ser muito frequente em Curitiba (foto) neste final de fevereiro e na primeira semana de março com alguns períodos de precipitação forte e mesmo isoladamente torrencial na capital paranaense e sua região metropolitana | GILSON ABREU/AEN

Estes últimos dias de fevereiro e a primeira semana de março reservam volumes muito elevados de chuva para parte do Sul do Brasil com acumulados que isoladamente serão até excessivos com potencial de transtornos para a população, adverte a MetSul Meteorologia.

Os mais altos índices de precipitação durante o período devem ser esperados em Santa Catarina e no Paraná assim como em setores do Norte e do Nordeste do Rio Grande do Sul, onde em muitos locais os volumes até o final da primeira semana de março devem passar dos 100 mm com acumulados perto ou acima de 200 mm também em grande número de locais.

Isoladamente, volumes muito mais altos que 100 mm poder sem anotados com projeções por modelos computadorizados indicando até marcas de 200 mm a 300 mm, e até superiores, para o período, tanto em Santa Catarina como no Paraná, o que vai exigir atenção ante o risco de transtornos e situações de perigo para a população como inundações repentinas e quedas de encostas.

Curitiba deve ser a capital da Região Sul que deve ter chuva mais recorrente. Dados indicam que a capital paranaense pode ter registro de chuva todos os dias ou quase todos os dias até o fim da primeira semana de março. Chuva que em alguns momentos pode ser forte a torrencial.

Em Florianópolis, a chuva não deve ser tão frequente como em Curitiba, mas no decorrer dos próximos dez dias serão vários períodos de instabilidade e alguns podem trazer chuva com forte intensidade e acumulados elevados em curto período.

Mesmo Porto Alegre não deve escapar de um padrão de chuva frequente. A primeira semana de março na capital gaúcha deve ser de tempo bastante instável com muitos momentos em que as condições serão chuvosas. A chuva por vezes pode ser forte a localmente intensa com risco de alagamentos.

Este cenário fica bastante evidente quando se analisa as várias projeções de modelos numéricos. Inicialmente, atente para o cenário de muito curto prazo com a projeção de chuva para apenas 72 horas do nosso modelo de alta resolução WRF da MetSul Meteorologia.

Observe como vai chover com volumes elevados em muitos pontos dos estados catarinense e paranaense. Em pontos isolados, principalmente do Paraná, devem ser esperados acumulados de 100 mm a 150 mm com marcas localmente superiores em tão-somente 72 horas.

Em um horizonte mais longo, de dez dias, o cenário de chuva volumosa fica ainda claro quanto aos dois estados com muita água prevista para catarinenses e paranaenses. O mapa mostra a projeção de chuva acumulada em 10 dias do modelo canadense.

Grande número de localidades catarinenses e paranaenses deve ter precipitação de 100 mm a 200 mm até o final da primeira semana de março com volumes que em alguns pontos deverão ficar entre 200 mm e 300 mm. No Paraná, em particular, há possibilidade que no período haja localidades com volumes tão altos quanto 300 mm ou mais.

Vê-se na tendência que o Norte e o Nordeste do Rio Grande do Sul também devem ter padrão de chuva mais volumosa. Cidades do Médio e Alto Uruguai, Planalto Médio, Campos de Cima da Serra, dos vales, da Serra, Grande Porto Alegre e Litoral Norte devem ser as que mais vão ter chuva até o final da primeira semana de março.

Em pontos do Nordeste gaúcho, inclusive, a chuva pode ser excessiva. Áreas entre a Serra e o Litoral Norte, especialmente, poderão anotar neste período de dez dias volumes elevados de precipitação, o que pode levar a alguns transtornos como queda de barreiras em rodovias.

Em contraste, o Oeste e o Sul gaúcho devem enfrentar uma condição de tempo mais seco com volumes de chuva predominantemente baixos na maioria das localidades, exceto por formações muito isoladas geradas por calor e umidade. O cenário, assim, é pouco favorável para redução do déficit hídrico da estiagem.

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