Chuva extrema causou inundações e o desabamento de casas e prédios na cidade de Havana | GOVERNO DE CUBA/DIVULGAÇÃO

Mais 290 desmoronamentos de imóveis, incluídos 14 totais, foram registrados em Havana e em outras três províncias de Cuba devido às chuvas intensas que castigaram o Oeste da ilha nos últimos dias, informou a Defesa Civil. A chuva intensa foi consequência do então Potencial Ciclone Tropical Um remanescente do furacão Agatha que depois se transformou na tempestade tropical Alex após passar pelo estado norte-americano da Flórida, causando inundações na área de Miami.

Na capital cubana foram registrados “148 desmoronamentos, dois totais e 146 parciais”, assinalou o Estado-Maior da Defesa Civil em balanço preliminar sobre os problemas causados em habitações pelas fortes precipitações, que também deixaram três mortos e um desaparecido.

Em seu relatório, publicado pelo jornal oficial Granma, a Defesa Civil destacou que, na província de Pinar del Río (extremo Oeste), foram registrados 53 desmoronamentos de imóveis, entre eles “três totais”. Outros “32 desmoronamentos”, incluídos “oito totais”, foram reportados na província de Mayabeque, vizinha a Havana, e também houve colapsos em Artemisa, onde 57 casas foram afetadas, entre elas uma de forma total.

Os desmoronamentos ocorrem com certa frequência na capital cubana, sobretudo na parte velha da cidade, onde os imóveis mais antigos sofrem grande deterioração e excesso de ocupação. Em uma reunião de governo para avaliar os danos e coordenar as ações, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, pediu às autoridades que “trabalhem com prontidão na resposta às famílias com habitações com danos parciais e totais”, segundo o Granma.

As fortes chuvas foram trazidas pelo sistema de baixa pressão remanescente do furacão Agatha que atingiu o litoral do Pacífico no Sul do México e, depois de chegar ao Atlântico e cruzar a península da Flórida, se transformou na tempestade tropical Alex, a primeira da atual temporada de ciclones, que começou em 1º de junho e termina em 30 de novembro.

Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, cuja sede fica em Miami, na Flórida, a tempestade Alex se situava na manhã ontem a cerca de mil quilômetros a Oeste das Bermudas com ventos máximos sustentados de 96 km/h. A tendência é a tempestade tropical Alex seguir em mar aberto.