A Argentina teve ontem temperatura de 44ºC e uma nevasca em pleno mês de fevereiro. Sim, parece difícil de acreditar, mas aconteceu. E a geografia do país, com áreas ao Sul perto da Antártida, e ao Norte na região tropical, explicam os extremos de calor e frio em pleno verão.
A frente fria que avança para o Rio Grande do Sul com chuva e temporais provocou fortes temporais hoje cedo no Centro da Argentina e no Uruguai com rajadas de vento de até 100 km/h e chuva intensa que causaram alagamentos, estragos e falta de energia.
A cidade de Buenos Aires registrou hoje e maior temperatura máxima para o mês de fevereiro em 81 anos, de acordo com dados da estação meteorológica convencional do Observatório Central de Villa Ortúzar.
A onda de calor extremo com temperaturas diárias acima dos 40ºC com uma severa estiagem provoca uma onda de incêndios em vegetação que mobiliza bombeiros e voluntários na província argentina de Corrientes, que faz fronteira com grande parte do Oeste do Rio Grande do Sul.
Os incêndios florestais na Patagônia argentina continuam a causar devastação significativa, com mais de 25 mil hectares afetados desde dezembro. As províncias de Neuquén, Río Negro e Chubut estão entre as mais impactadas e a situação piorou muito nas últimas horas.
A aproximação de uma frente fria que avançou da Patagônia e o deslocamento de uma área de baixa pressão pelas latitudes médias do continente trouxeram chuva volumosa e temporais fortes a severos na Argentina e no Uruguai nesta quarta-feira.
A madrugada e a manhã desta quarta-feira foram de temporais fortes a severos em províncias do Centro da Argentina em meio a uma massa de ar extremamente quente que eleva a temperatura a até 46,5ºC no interior do país vizinho.
A bolha de calor instalada entre o Centro e o Norte da Argentina traz calor excessivo e extremo em diversas províncias do país vizinho com máximas acima dos 40ºC em muitas cidades neste começo de semana.
Os bombeiros controlaram o incêndio florestal de grande magnitude que começou na segunda-feira no Cerro de la Cruz, em Tandil, cidade do interior da província de Buenos Aires, mas a preocupação permanece devido à onda de calor e aos ventos fortes esperados.
A temperatura durante o domingo na Patagônia da Argentina atingiu valores raros e extraordinariamente altos a pontos de ter ocorrido a queda de recordes históricos de máximas não apenas para o mês de janeiro, mas absolutos de toda a série histórica pelo calor excessivo, mostram dados do Serviço Meteorológico Nacional.
O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) da Argentina emitiu alerta vermelho de ventos fortes a intensos para a Terra do Fogo e Santa Cruz, províncias do Sul do país. As rajadas também atingirão Chubut e Río Negro, também na Patagônia, mas com menor intensidade.
Um rio atmosférico de categoria 5 (AR-5), o mais alto da escala e considerado como de força excepcional, atinge neste fim de semana o Sul da América do Sul. A condição traz chuva muito volumosa, fortes a intensas rajadas de vento e queda de neve em grande altitude.