Luis Felipe Rypl

A temperatura máxima ontem à tarde em Parobé chegou a 37,8ºC. Em São Leopoldo, também na Grande Porto Alegre, os termômetros indicaram 36,6ºC. Ainda na região metropolitana, a máxima em Canoas foi de 36,9ºC no bairro Fátima. Campo Bom teve 37ºC. Já em Teutônia, no Vale do Taquari, a tarde da segunda-feira teve 37,7ºC. No Noroeste gaúcho, em Santa Rosa, máxima de 36,8ºC.

É muito calor, mas como a MetSul Meteorologia antecipou, vem muito mais. Hoje, a temperatura segue bastante alta no Rio Grande do Sul, entretanto na maioria dos municípios as máximas tendem a ser menores que as registradas na segunda-feira. A partir de amanhã vai se iniciar uma escala da temperatura com os dias mais quentes sendo esperados na quinta, na sexta e no sábado.

Os modelos que anteontem indicavam que o pico máximo de calor se daria no próximo domingo ontem recuaram e passaram a mostrar o sábado como o dia mais quente desta onda de calor com máximas acima de 40ºC na Grande Porto Alegre e nas localidades mais quentes do interior.

Ocorre que já na quinta-feira, dia do Grenal, e na sexta são esperadas tardes excepcionalmente quentes para o mês de março com marcas próximas de 40ºC ou em alguns pontos até acima. A sequência de dias de extremo calor de quinta a sábado vai ficar perto do que se registrou durante as jornadas escaldantes do final de 2019.

A MetSul reitera que calor com tamanha intensidade com predomínio de tempo seco, e já sob condições de forte estiagem, tende a piorar ainda mais a situação da agricultura gaúcha com agravamento das perdas já significativas, o que é trágico para o setor primário gaúcho.

Renova-se igualmente a advertência que pela persistência deste padrão de tempo seco e ainda com temperatura excepcionalmente eleva, o risco de fogo em vegetação no Rio Grande do Sul será altíssimo nos próximos dias com indicadores de valores extremos para o Oeste, o Centro e o Sul gaúcho. Por isso, espera-se que no final desta sexta, particularmente entre quinta e sábado, as condições para incêndios no Estado sejam perigosas, o que exige conscientização para se evitar focos ou arremessar bitucas ou garrafas de automóveis nas margens das rodovias.