Boletim climático divulgado ontem pela Administração Nacional de Atmosfera e Oceano dos Estados Unidos (NOAA) mostra a evolução da temperatura superficial do oceano Pacífico equatorial nas ultimas semanas. No Pacífico central região denominada de nino 3.4, que é usada para monitorar a ocorrência e previsão de eventos de El Nino ou La Nina, sustentou a presença de águas mais quentes que o normal e se encontra com temperatura de 1° acima da média. No entanto, no Pacífico Leste, região chamada de nino 1+2, que desde o mês de novembro vinha apresentando desvio positivo de temperatura, na última semana exibiu águas mais frias com desvio negativo de 0,2°C em relação a média histórica. E poderá baixar mais. Para o Rio Grande do Sul poderá ter impactos no regime de precipitação nos próximos meses, pois o impacto não é imediato, deixando a chuva mais irregular e mal distribuída. Assim como, poderá favorecer a incursão de massas de ar polar, típicas desta época do ano.
Por outro lado, o mapa de águas subsuperficiais apresentado no boletim de ontem da NOAA indica que em breve águas mais quentes irão emergir na região 1+2 com provável aquecimento em poucas semanas, portanto, as condições mais típicas de El Nino devem voltar a predominar.
A projeção para a região Nino 3.4 para os próximos meses mantém a alta probabilidade do El Nino persistir até meados de 2019, com potencial acima de 60%, depois disso aumenta o potencial de Neutralidade Climática para o segundo semestre de 2019.
A solução dos 22 modelos indicam uma curva média (em azul) que indica temperatura acima da média com padrão de El Nino até meados de 2019 e depois disso ocorre um gradativo declínio da temperatura superficial do Pacífico na região nino 3.4 no trimestre maio/junho/julho que fica oscilando no campo da Neutralidade Climática.