O resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial não teve grandes alterações na última semana após se acentuar muito cerca de quinze dias atrás. A anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central, área usada para a classificação dos fenômenos e que é denominada tecnicamente de Niño 3.4, apresentou anomalia na última semana de -1,1ºC, o mesmo valor da semana anterior. É a maior anomalia negativa nessa região do Pacífico desde 2011 o valor condiz com condições de La Niña de intensidade moderada.

 

No Pacífico Equatorial Leste, nas costas do Equador e do Peru, a chamada região Niño 1+2, região mais suscetível a fortes oscilações, não houve igualmente grande mudança na última semana. Esta parte do oceano, que tem importante influência no nosso clima aqui no Sul do Brasil, teve na última semana uma anomalia de -1,0ºC contra -1,1ºC na semana anterior. Só que olhando os mapas de anomalia diária se observou nos últimos três dias um aquecimento nessa região, logo é possível que haja mudanças maiores no boletim da próxima segunda-feira.

 

Vários modelos climáticos indicam que o evento de La Niña em andamento atingirá o seu ápice entre o final deste ano e o começo de 2018, podendo ser classificado como de intensidade moderada. Os reflexos que já começam a ser sentidos em nosso clima local devem persistir com risco de chuva irregular.