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O tempo muito seco deteriora a qualidade do ar em grandes cidades brasileiras. O julho mais seco em 66 anos provoca, por exemplo, uma significativa piora da qualidade do ar na área metropolitana de Porto Alegre.

Daria até praia! O Rio Grande do Sul teve nesta terça-feira o segundo dia seguido com mais de 30ºC, na sequência de um período gelado que trouxe sete dias consecutivos de temperatura abaixo de zero no Estado.

Não é mera impressão. Tem chovido muito menos que o normal. Um levantamento da MetSul Meteorologia com cooperação de dados do Oitavo Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia indica que Porto Alegre tem até agora o mês de julho mais seco desde 1951, portanto dos últimos 66 anos.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu mais recente relatório sobre as condições da safra 2017/18 do país modificou o percentual de lavouras de soja em boas ou excelentes condições para 57% contra 61% da semana anterior.

A combinação de sol forte, calor, muito baixa umidade, vento e semanas seguidas de chuva escassa traz alto risco de incêndio em vegetação no Rio Grande do Sul e outras áreas do Sul do Brasil.

Na segunda-feira da semana passada, a máxima sequer superou 10ºC em Porto Alegre. Ontem foi a 32,6ºC no Centro. Na segunda da semana passada, o Estado anotou neve fraca e temperatura negativa em plena tarde em Ausentes.

A poderosa massa de ar polar que atuou no Sul do Brasil na última semana trouxe seis dias seguidos de temperatura abaixo de 5ºC para Porto Alegre, o que não é comum.

Os mais recentes dados do Oceano Pacífico Equatorial não mostram uma significativa alteração de cenário neste fim de julho, não se observando anomalias expressivas na temperatura da superfície do mar.

A última semana foi a mais gelada do ano no Sul do Brasil com marcas negativas, neve, geada ampla, nevoeiro congelante e frio intenso quase todos os dias.

O Rio Grande do Sul teve neste domingo (23) o sétimo dia seguido com temperatura abaixo de zero. Desde segunda-feira (17), todos os dias tiveram marcas negativas e as menores mínimas até agora do ano no Estado.