A grande notícia do dia hoje, sem qualquer dúvida, é o frio histórico que teremos para março, e o Professor Eugenio Hackbart faz minuciosa análise logo abaixo rica na contextualização histórica, mas decidimos que o dia da estreia do  novo blog deveria se dar com uma imagem. E que imagem !! A grande foto meteorológica do verão de 2012 no Rio Grande do Sul e que impressionou a equipe da MetSul quando o futuro meteorologista, colaborador e amigo Gustavo Verardo nos deu ciência.

A fotografia panorâmica mostra a chegada de um temporal no dia 3 de fevereiro último que fez estragos em Santa Maria. Foi durante uma tarde escaldante de calor e umidade em que os índices de calor (heat index) variaram de 40ºC a 45ºC no Centro do Estado, inclusive na Capital. Calor tão forte e umidade alta trouxeram temporais com transtornos para Santa Maria, os vales do Taquari e do Sinos, e para a Grande Porto Alegre.

Toda foto espetacular, contudo, tem uma história por trás. O autor deste belo registro é o acadêmico em Desenho Industrial – Programação Visual pela UFSM Guilherme Escosteguy. Designer gráfico e fotógrafo de produto e gastronomia na empresa Simplexa de Santa Maria, Escosteguy trabalha com fotografia comercial e como amante da arte das lentes fotografa paisagens e motivos naturais como hobby. “Com um leve sentimento de obrigação, quando me deparo com um cenário peculiar ou um fenômeno curioso, algumas vezes espetacular, é impossível não fazer o registro”, disse ele para a MetSul.

“Morando e trabalhando no alto de alguns dos edifícios mais privilegiados da cidade as ocasiões não foram poucas, desde um pôr do sol diferente todo dia até formações meteorológicas inusitadas, acumulei centenas de imagens”, acrescentou. As fotos abaixo do Guilherme Escosteguy do ocaso na cidade universitária e de nuvens Mammatus sobre Santa Maria respaldam integralmente o depoimento.


Sobre a foto que motiva este texto inicial do blog no dia da sua nova estreia, Guilherme Escosteguy assinala que se acostumou tanto com o belo horizonte a partir da visão que possui da sua empresa que de imediato não percebeu o extraordinário panorama no dia 3 de fevereiro. “Peguei o mais rápido possível qualquer uma das câmeras que estivesse à mão e fiz o registro mais motivado por me manter ocupado fazendo o que mais gosto – havia faltado energia elétrica no bairro – do que pelo possível resultado da experiência”. Segundo ele, foi a rapidez que proporcionou a foto, já que a formação da tempestade rapidamente avançou sobre a cidade e se converteu em chuva. Sobre o futuro avisa: “as persianas do escritório passam agora muito mais tempo abertas e as câmeras estão sempre a postos”.