Santo Tomé, cidade argentina que faz fronteira com São Borja, vive uma emergência de fogo pela seca severa e o verão muito quente com calor extremo em vários dias. A situação agravou-se muito ontem na localidade da fronteira. Estima-se que mais de 600 mil hectares tenham sido afetados nos mais de 50 dias de combate ao incêndio na província de Corrientes, onde 6% do território já ardeu.

Em Santo Tomé, um foco com “redemoinhos de fogo” surpreendeu vários campos produtivos na quarta-feira, afetando pastagens e florestas. “É impressionante. Devastou tudo em seu caminho, à beira da Rota 42. Não havia nada que pudéssemos fazer”, disse um empreiteiro florestal da região para o Jornal Misiones Online.

O flagelo no município de Santo Tomé ocorre na área de Paraje Los Bretes, seguindo a Rota Nacional 121, muito perto da área urbana da cidade. Algumas casas chegaram a ser ameaçadas pelo fogo que se alastrava rapidamente com a força do vento. Um caminhão-tanque com aproximadamente 30 mil litros de gás foi atingido pelas chamas que consumiam as pastagens junto à Rota 14, mas o motorista não se feriu.

Do lado brasileiro, é possível avistar a fumaça e as chamas que devastam a área fronteiriça. Diante das imagens de catástrofe que chegam a todo momento e de uma aparente dificuldade do governo local em controlar os incêndios, autoridades do Rio Grande do Sul atenderam apelo da municipalidade de Santo Tomé por ajuda.

Bombeiros militares da região das Missões se somarão às equipes da Argentina para auxiliar no combate ao incêndio de grandes proporções que devasta a região rural do município de Santo Tomé, na província de Corrientes. Ajuda está vindo também de outras províncias da Argentina, inclusive de Buenos Aires.

Municipalidade de Santo Tomé/Divulgação

Municipalidade de Santo Tomé/Divulgação

Municipalidade de Santo Tomé/Divulgação

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Ontem, o prefeito da cidade argentina, José Augusto Suaid, enviou um ofício ao prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, solicitando ajuda no combate ao desastre. Bonotto, que também é presidente da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), entrou em contato com diversas autoridades gaúchas, inclusive com  o vice-governador Ranolfo Vieira Junior, em busca de uma solução.

“Nos colocamos à disposição, para dentro das nossas possibilidades, auxiliar neste incêndio de proporções incalculáveis que ocorre nas proximidades de Santo Tomé”, disse Bonotto em uma nota. Na manhã deste sábado, profissionais do Corpo de Bombeiros de Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga se deslocaram até a base operacional em São Borja, conforme informações da Rádio Missioneira, emissora parceira da MetSul.