Incêndio de grandes proporções atinge cidade fronteiriça de Santo Tomé | Municípalidade de Santo Tomé

Bombeiros militares da região das Missões se somarão às equipes da Argentina para auxiliar no combate ao incêndio de grandes proporções que devasta a região rural do município de Santo Tomé, na província de Corrientes. A cidade é vizinha de São Borja, de onde a fumaça e as chamas podem ser vistas há vários dias.

Nos últimos dias, o fogo fora de controle, além de consumir com plantações, lavouras e campos, ameaça atingir a área urbana de Santo Tomé. Ontem, o prefeito da cidade argentina, José Augusto Suaid, enviou um ofício ao prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, solicitando ajuda no combate ao desastre.

Bonotto, que também é presidente da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), entrou em contato com diversas autoridades gaúchas, inclusive com  o vice-governador Ranolfo Vieira Junior, em busca de uma solução.

“Nos colocamos à disposição, para dentro das nossas possibilidades, auxiliar neste incêndio de proporções incalculáveis que ocorre nas proximidades de Santo Tomé”, disse Bonotto em uma nota. Na manhã deste sábado, profissionais do Corpo de Bombeiros de Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga se deslocaram até a base operacional em São Borja, conforme informações da Rádio Missioneira, emissora parceira da MetSul.

A equipe ingressará em território argentino e deverá auxiliar no combate ao incêndio. De São Luiz Gonzaga, dois bombeiros militares se deslocaram para o local. O comandante do 11º Batalhão de Bombeiro Militar, com sede em Santo Ângelo, tenente-coronel Rafael Barcellos Venturella, irá liderar a equipe. Ao todo, seis profissionais (de Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga) estão na área do desastre.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a Argentina em janeiro teve 7199 focos de calor, muitíssimo acima da média histórica mensal de 1648, valor que superou por ampla margem o recorde mensal anterior de 4624 de 2002.

Neste mês de fevereiro, até o dia 18, os satélites do Inpe registraram 3541 focos de calor na Argentina, muito acima da média histórica de fevereiro de 1193 e o maior número no mês de toda a série histórica, batendo o recorde mensal de 2585 de 2003 mesmo a dez dias do mês terminar.