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Luís Ferdinand

A persistente instabilidade com freqüente temporais que tem afetado o Rio Grande do Sul por uma semana tem gerado volumes irregulares de chuva. Há registros de acumulados altos e até excepcionais pontualmente no Estado. Medições particulares de produtores torais apontam que só nesta semana choveu de 200 mm a 300 mm em pontos do Sul, do Noroeste e do Norte gaúcho. 

Com base em dados de precipitação acumulada nos últimos sete dias da rede de estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é possível verificar que as precipitações ficaram muito acima do normal no território gaúcho nos últimos dias.

O município de Serafina Corrêa, na Serra, teve o maior volume da semana com um total de 199,4 mm, o que corresponde à chuva de um mês e meio pela média de janeiro. 

Em Jaguarão, Santo Augusto e Santa Rosa, a chuva dos últimos sete dias ficou ao redor ou acima da média histórica mensal, ou seja, choveu em sete o que normalmente ocorreria nos 31 dias do mês. Santo Augusto teve 149 mm, Santa Rosa 142 mm e Jaguarão 117 mm até a manhã deste sábado.


Eventos extremos isolados

Ao longo dos últimos dias, os temporais foram diários no Estado, porém com chuva forte em diferentes áreas e de forma mais localizada. Na última quinta-feira, por exemplo, o Vale do Rio Pardo registrou acumulados excepcionais de chuva em Santa Cruz do Sul. Sgundo registro de estações particulares, volumes chegaram a 120 mm em uma hora. É a média do mês todo em uma hora. Em Santa Maria, a chuva foi intensa também neste dia quando o Inmet registrou 75 mm, volume que ocorreu em cerca de três horas. 

Em Serafina Corrêa, do total de 199,3 mm desde o dia 24/01, 85,6 mm se deram no dia 28/01 entre 9h e 12h daquele dia, resultado também de forte tempestade que passou pela cidade.

Vem mais água

Temporais intensos e localizados com potencial de gerar grandes acumulados de precipitação em poucas horas seguirão afetado o Rio Grande do Sul. Estado segue sob influência de ar quente e úmido com a contribuição do canal principal de umidade da Amazônia que tem essa configuração mais comum nos meses de inverno. 

Tanta umidade gerada pelos “rios atmosféricos” somada ao calor típico de verão potencializa e torna mais freqüente a ocorrência dos temporais no Estado. Assim, novas ocorrências de chuva volumosa a isoladamente extrema devem ser esperadas neste começo de semana.

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