O Rio Grande do Sul e o Sul do Brasil vão seguir sob uma alta frequência de incursões de ar frio durante as próximas duas semanas, antecipa a MetSul Meteorologia. O efeito será a manutenção das madrugadas frias na grande maioria dos dias até o final deste mês de maio.
Com efeito, o que se vê, na prática, desde o fim de abril é uma massa de ar frio atrás da outra. Somente nos primeiros dias de maio houve um pequeno e breve veranico após os dias de temperatura baixa e geada do final de abril. Na segunda semana do mês o que predominou foi o frio e com diversos dias de mínimas abaixo de zero no Rio Grande do Sul.
Pulsos de ar frio em sequência
A semana que começa não terá mínimas tão baixas como a última. Diferentemente da semana que passou, quando a incursão de ar frio foi de trajetória continental, logo pelo interior do continente, o ar frio na semana que começa será de trajetória oceânica e vai avançar pelo Atlântico ao longo da costa do Sul do Brasil.
Nesse sentido, as mínimas serão mais altas, a despeito de ainda fazer frio à noite e durante as madrugadas, e as tardes terão marcas mais altas e agradáveis. Assim, o risco de geada nesta semana se limitará mais a baixadas de regiões de maior altitude.
O ar frio oceânico com vento de Leste frio e mais úmido favorece ainda a ocorrência de nevoeiro. Na segunda metade da semana, a atmosfera deve ficar mais seca sobre o Rio Grande do Sul e isso proporcionará mínimas mais baixas na maioria dos municípios.
Uma nova massa de ar frio deve ingressar entre os dias 21 e 22 deste mês. Conforme os dados de hoje, este pulso de ar frio não seria tão intenso. Ocorre que entre os dias 25 e 26 de maio haveria o ingresso de uma nova massa de ar mais gelado, esta mais forte, de acordo as projeções de hoje dos modelos.
Portanto, até o final de maio deve predominar a influência de ar frio na maior parte do Sul do Brasil com muitas noites de temperatura baixa ainda até o fim do mês.
Chuva
Com esta sequência de incursões de ar frio uma atrás da outra, o cenário de chuva no Rio Grande do Sul fica muito desfavorável e, por isso, a tendência é de chover pouco na maior parte ou em todo o Estado nas próximas duas semanas. Áreas do Paraná, do Sul do Mato Grosso do Sul e do Sul e do Leste de São Paulo é que podem observar aumento da precipitação com volumes acima do que é normal para esta época do ano.