O boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) divulgado nesta semana indica a continuidade das condições de La Niña no Oceano Pacífico Equatorial. Conforme o comunicado, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Central Equatorial, a região denominada Niño 3.4 e usada para classificar a existência de El Niño ou La Niña, foi de -1,0ºC. Na semana anterior, a anomalia tinha sido de -0,8ºC. Por sua vez, no Pacífico Equatorial Leste, nas costas do Peru e do Equador, a chamada região Niño 1+2, o desvio apurado na última semana foi de -1,4ºC contra -1,6ºC na semana anterior. Logo houve uma intensificação da anomalia negativa no Pacífico central no Nino 3.4.

A anomalia de TSM registrada ontem dia 28 de dezembro de 2017 indicava manchas mais frias no oceano Pacífico central (nino 3.4) de até -2°C a -2,5°C. Lembrando que este é um dado diário.

Analisando os gráficos de desvio da Temperatura da superfície do mar em cada uma das regiões monitoradas  nos últimos 12 meses, é possível observar que houve um resfriamento contínuo desde setembro/outubro  configurando o La Nina que tem atuado nas ultimas semanas. As regiões com maior desvio são as Nino 3 e Nino 1+2 com desvio de -1,4°C conforme pode ser visto na tabela a direita divulgada na última terça-feira dia 26 de dezembro.

 

As soluções dos modelos climáticos dinâmicos e matemáticos indicam a manutenção do resfriamento do Oceano Pacífico Central nos próximos meses pelo menos até o outono de 2018. O interessante é que para o segundo semestre de 2018 modelos indicam que a temperatura tende a oscilar em torno do patamar de Neutralidade Climática, contudo, algumas projeções indicam aquecimento no Pacífico Central, mas tenhamos cautela nesta observação porque o percentual por enquanto é baixo.

O mapa de probabilidade indica um percentual de 100% de La Nina entre novembro e janeiro. Esse percentual é superior a 90% entre janeiro e março de 2018. Já entre Abril, Maio e junho de 2018 a probabilidade de Neutralidade é de 60% contra 35% de risco de La Nina e de 10% de El Nino. Até julho, agosto e setembro a probabilidade que prevalece é de Neutralidade (sem El Nino ou La Nina), mas cresce o percentual de El Nino e alcança 30% neste trimestre de JAS.