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Moradores carregam seus pertences enquanto saem de suas casas submersas após o supertufão Noru em San Ildefonso, província de Bulacan, nas Filipinas | TED ALJIBE/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Seis pessoas morreram nas Filipinas durante a passagem do tufão Noru, informaram as autoridades nesta segunda-feira depois que fortes chuvas e ventos intensos atingiram a ilha mais populosa do país. O tufão Noru, a tempestade mais potente a atingir as Filipinas neste ano, afetou a ilha de Luzon entre domingo e esta segunda-feira.

O tufão derrubou árvores e inundou comunidades, mas não foram relatados danos severos. Cinco integrantes das equipes de emergência morreram quando foram enviados a uma localidade inundada no município de San Miguel, na província de Bulacan, perto da capital Manila. Um idoso morreu em um deslizamento de terra no município de Burdeos, nas ilhas Polillo, que integram a província de Quezon, onde o tufão tocou o solo, informou Garner Jimenez, diretor do serviço local da Defesa Civil.

Quase 75.000 pessoas abandonaram suas casas antes da passagem do tufão. O serviço meteorológico advertiu que as fortes chuvas provocariam “grandes inundações” em áreas vulneráveis, deslizamentos e destruição de colheitas. “Estamos prontos para tudo”, declarou o presidente Ferdinand Marcos Jr.

Noru chegou à ilha de Luzon, nas Filipinas, a cerca de 50 quilômetros a Nordeste da capital Manila. O Centro de Tufões do Pacífico (JTWC) classificou Noru como um tufão de categoria 4 com ventos de mais de 200 km/h. É raro um tufão tão forte passar tão perto da cidade de Manila, cuja área metropolitana tem uma população superior a 21 milhões:

O banco de dados de tempestades do Joint Typhoon Warning Center (JTWC) lista apenas seis grandes tufões (categoria 3 e mais fortes) que passaram a 80 quilômetros ou menos de Manila. O pequeno tamanho de Noru permitiu que ele passasse ao Norte da capital, o que limitou os ventos à categoria de tempestade tropical na cidade.

As Filipinas são regularmente atingidas por tempestades, com uma média de 20 tufões por ano. Os cientistas alertam que este fenômeno tende a se agravar por causa do aquecimento global. Noru atingiu o país nove meses depois de outro supertufão ter devastado grandes extensões do país. Sua passagem deixou mais de 400 mortos no Centro e no sul do país e centenas de milhares de desabrigados.