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A cidade de Milão, capital financeira da Itália, foi atingida por uma violenta tempestade severa nas primeiras horas desta terça-feira que provocou muita destruição. O vendaval muito intenso causou grande número de queda de árvores e estruturas, além de deixar a cidade italiana em parte sem energia elétrica.

De acordo com a agência de notícias italiana ANSA, técnicos da prefeitura de Milão estão trabalhando desde as 4h da madrugada para enfrentar os danos causados por uma nova e violenta tormenta de chuva e ventos fortes, disse o prefeito Giuseppe Sala nesta terça-feira. O mesmo sistema de tempestades trouxe granizo descomunal de 20 centímetros no Norte do país.

“Tivemos uma noite sem dormir. Só para se ter uma ideia, o vento na cidade passou dos 100 quilômetros por hora”, disse Sala em um vídeo publicado em suas redes sociais. “Desde 4 horas da manhã, os técnicos da Câmara Municipal estão a trabalhar a coordenar as atividades de forma a limitar os estragos”, acrescentou. “Desde o início, os bombeiros, a proteção civil e a polícia intervieram atendendo a centenas de pedidos”, disse Sala.

Enquanto isso, nesta terça-feira, o Castello Sforzesco de Milão foi fechado ao público por motivos de segurança devido aos danos causados pelo temporal. As telhas teriam caído do telhado da fortificação medieval, partes das quais teriam sido inundadas. Inundações também foram relatadas em partes do Palácio de Justiça.

“Passei por 65 verões na minha vida… e o que estou vendo agora não é normal, não podemos mais negar, a mudança climática está mudando nossas vidas”, disse o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, nas redes sociais.

PIERO CRUCIATTI/AFP/METSUL METEOROLOGIA

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A Itália está passando por um dos dias mais difíceis em décadas, disse o ministro da Proteção Civil, Nello Musumeci, nesta terça-feira. “Na Itália vivemos um dos dias mais complicados das últimas décadas: aguaceiros, tornados, granizo no Norte; calor tórrido e incêndios devastadores no Centro-Sul”, disse o ministro.

“Enquanto lamentamos as três vítimas destas 24 horas, sinto que devo agradecer aos bombeiros, à direção e voluntários da proteção civil, à polícia, aos trabalhadores florestais e a todos os que se mobilizaram nas situações mais difíceis nestas últimas horas”, continuou. “A agitação climática exige uma mudança radical de todos nós, sem álibis para ninguém.  “Mas hoje vamos tratar de conter os danos. E há muitos!” disse Musumeci.

Autoridades italianas realizaram uma reunião de crise para enfrentar problemas relacionados aos cortes de energia na Sicília, que causaram o desabastecimento de água e afetaram milhares de sicilianos com temperaturas superiores a 40ºC.

O ministro de Defesa Civil, Nello Musumeci, convocou a encontro na Catânia após o prefeito ter afirmado que a cidade estava “de joelhos” após os cortes de energia que tiveram início na semana passada. Os cortes de luz na cidade e seus arredores deixaram cerca de 500 mil pessoas sem eletricidade, informou um porta-voz do município à AFP.

A E-distribuzione, subsidiária da gigante energética italiana Enel, que controla a distribuição de eletricidade na Catânia, disse em comunicado que os danos nos cabos sob a terra se devem à umidade e ao fato de que “a temperatura do asfalto é quente e se aproxima de 50°C há semanas”.

Os cortes de energia provocaram interrupção no abastecimento de água para cerca de 200 a 300 mil pessoas, disse o gestor da empresa Sidra, informando que o problema foi resolvido na manhã desta segunda.

A Itália sofre há dias com condições de tempo muito severo com violentas tempestades de vento e granizo em meio a uma onda de calor brutal. A temperatura ontem atingiu recorde de 47ºC em Palermo e se aproximou dos 48ºC na Sicília.