Anúncios

Atualização – 9h: Trânsito liberado alternado em dois sentidos para todos veículos no quilômetro 366 da 116 em Tapes.

Atualização – 7h: Devido aos grandes volumes de chuva na região, a BR-116 está totalmente interrompida no quilômetro 366, em Tapes. Existe até meio metro de água sobre a pista da principal rodovia que liga Porto Alegre ao Sul do Estado.

A MetSul Meteorologia alerta para o risco de chuva forte a torrencial LOCALIZADA durante esta segunda-feira nas Metades Leste e Sul do Rio Grande do Sul e no Leste de Santa Catarina. Torres (foto abaixo de Gustavo Caberlon) já teve chuva forte na noite deste domingo com acumulado superior a 50 mm, cerca de metade da média do mês todo, e continuava chovendo. Já na cidade de Barão do Triunfo, a Sudoeste de Porto Alegre, o acumulado apenas do domingo superou os 100 mm, conforme medição de pluviômetro pessoal. A região de Camaquã foi outra que registrou elevados volumes de chuva nas últimas horas.


Muitas nuvens cobrem hoje parte do Rio Grande do Sul e as condições do tempo são ditadas pela circulação de uma área de baixa pressão junto ao Leste do Estado. Chove em várias regiões e com maiores volumes no Sul e na Metade Leste, perto do eixo do centro de baixa. Alerta-se que nestas áreas, que incluem o Litoral, a Grande Porto Alegre, Serra e entorno da Lagoa dos Patos, alguns pontos podem ter pancadas fortes a até torrenciais com elevados volumes em curto intervalos, o que pode gerar transtornos como alagamentos. O fluxo de umidade (em verde no mapa abaixo) para o Sul do Brasil é abundante, o que interagindo com o cavado (baixa pressão) cria cenário propício para precipitações fortes. Apesar da instabilidade, haverá períodos de aberturas no Estado, mesmo com sol, sobretudo no Oeste. A temperatura seguirá amena na maioria das cidades.


Os modelos numéricos, em sua maioria, não mostram acumulados muito altos de precipitação nem localizados para o Rio Grande do Sul, mas entendemos que haverá. Centros de baixa pressão nesta época do ano têm um histórico de trazer episódios isolados de intensa precipitação, alguns até graves com chuva excessiva em curto período. Ocorre que os modelos de previsão não tem memória histórica nem tampouco parametrizam com precisão necessária duas outras importantes condições que agravam sobremaneira o risco de chuva localizada volumosa. Primeiro, a orografia. O avanço de umidade do mar para o continente pelo vento do quadrante Leste, ao encontrar a Serra, vai continuar gerando chuva orográfica (induzida pelo relevo) no Litoral Norte hoje. Outro fator que agrava o risco de chuva localmente intensa é a maior disponibilidade de umidade na atmosfera por conta da temperatura da superfície do mar (TSM) na costa muito acima da média (mapa abaixo).


Hoje, como destacado, a instabilidade deverá ser maior em cidades do Sul e do Leste gaúcho. Já amanhã, a chuva se concentra mais na Metade Sul enquanto a nebulosidade diminui e o sol aparece com nuvens e calor na Metade Norte, onde pode ter chuva isolada de verão principalmente da tarde para a noite. Na quarta-feira espera-se alternância de sol, nuvens e chuva na maioria das regiões à medida que a área de baixa pressão começa a se afastar ao longo do dia. Quinta e sexta devem ter a presença do sol com o retorno do calor, mas a chuva pode voltar no decorrer do fim de semana de forma isolada.