A imagem impressionou o mundo durante a sexta-feira e parecia ter saído de um filme de ficção científica de catástrofes. O oceano pegando fogo no Golfo do México e água sendo usada para apagar fogo no mar. O incêndio ocorreu em razão de um vazamento em oleodutos submarinos operados pela empresa mexicana Pemex (Petróleos de México) a 150 metros de uma plataforma petrolífera do campo de Ku-Maloob-Zaap (KMZ), perto da Península de Yucatán.
? Sobre el incendio registrado en aguas del Golfo de México, en la Sonda de Campeche, a unos metros de la plataforma Ku-Charly (dentro del Activo Integral de Producción Ku Maloob Zaap)
Tres barcos han apoyado para sofocar las llamas pic.twitter.com/thIOl8PLQo
— Manuel Lopez San Martin (@MLopezSanMartin) July 2, 2021
? Incendio registrado en aguas del Golfo de México
A 400 metros de la plataforma Ku-Charly (dentro del Activo Integral de Producción Ku Maloob Zaap)
Una válvula de una línea submarina habría reventado y provocado el incendio
Esta fuera de control hace 8 horas pic.twitter.com/KceOTDU1kX
— Manuel Lopez San Martin (@MLopezSanMartin) July 2, 2021
O incêndio em pleno oceano conseguiu ser captado pela rede de satélites do consórcio de monitoramento climático e Europeu Copernicus. O satélite Sentinel-5P do Sistema Copernicus, pelo seu sensor de dióxido de nitrogênio (NO2) registrou as emissões do gás geradas pelo incêndio em pleno mar junto à plataforma petrolífera.
O registro pelo satélite Sentinel-5P ocorreu às 17h37 UTC (14h37 na hora de Brasília) no dia de ontem e foi divulgado pela Adam Plalataform. O Sistema Copernicus opera uma série de satélites Sentinel que são utilizados no monitoramento ambiental, incluindo as emissões de gases, e que têm sido usados na análise e previsão de queimadas, dispersão de aerossóis e outras variáveis ambientais.
A origem e o combate ao incêndio
O fogo teve início aproximadamente às 5h15 da sexta-feira (hora local), em ma aberto, junto ao estado de Campeche. O campo de KMZ é o maior produtor de petróleo da empresa petrolífera mexicana com produção no momento do incidente de 726 mil barris de petróleo por dia, o que representa cerca de 40% da produção da empresa. Para conter o incêndio, a Pemex realizou o fechamento de válvulas de interligação de dutos.
O incêndio em pleno oceano foi controlado depois de cinco horas de esforços de brigadistas que se valeram de cinco navios para bombear água do oceano para apagar o fogo em pleno oceano. A empresa informou que ainda fez uso de nitrogênio para debelar as chamas. O comunicado da Pemex destacou que não houve feridos no incidente em mar aberto.
As imagens do incêndio em pleno mar acabaram sendo um dos temas mais comentados nas redes sociais mundiais e as imagens foram amplamente compartilhadas.
Ambientalistas citaram o episódio do incêndio no mar como um exemplo dos riscos da extração petrolífera para o ambiente, seja por vazamentos ou as mudanças climáticas, e defenderam uma mudança no modelo energético em prol de fontes de energia limpas e renováveis.