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Amanhecer desta quinta-feira com a paisagem nevada e a neve cobrindo o Domo da Rocha no complexo da Mesquita Al-Aqsa na cidade de Jerusalém | MENAHEM KAHANA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

As ruas de Israel, da Cisjordânia e dos lugares santos de Jerusalém apareceram cobertas de branco nesta quinta-feira após uma nevasca incomum nesta região. A tempestade excepcional, que já havia caído sobre Atenas e Istambul, atingiu Jerusalém na noite de quarta-feira. Segundo os serviços meteorológicos, deixou cerca de 20 centímetros de neve.

Na manhã desta quinta, ainda havia vestígios dela em vários lugares para o deleite de seus habitantes, que desafiaram as temperaturas geladas e saíram às ruas para ver a neve. A tempestade bloqueou estradas no Centro e no Norte de Israel. Causou o fechamento de escolas e a suspensão dos transportes públicos para evitar acidentes. A Israel Electric Company informou que o consumo de energia atingiu um máximo histórico da noite para o dia pelo alto uso de aquecimento.

Pela manhã, a neve cobria o Domo da Rocha com sua cúpula dourada no complexo da mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã, e cobria a esplanada em frente ao Muro das Lamentações, o local mais sagrado onde os judeus podem rezar.

Somente os fiéis mais devotos foram ao Monte do Templo hoje. Muçulmanos e judeus rezavam lado a lado na neve. Grande parte dos moradores de Jerusalém está trabalhando ou estudando em casa e, portanto, não precisavam de transporte público. No entanto, nem todos podem ficar confortavelmente em casa e quem saiu à rua para trabalhar enfrentou neve e por vezes granizo.

A região mais alta e central de Israel, incluindo Jerusalém, costuma ver neve ao menos uma vez em quase todos os invernos, embora as previsões de neve muitas vezes não se concretizem. A tempestade também trouxe neve para o Norte e outras partes do país enfrentaram ventos fortes e chuvas fortes.

A polícia mobilizou veículos limpa-neve para liberar as estradas. Na Cisjordânia, a neve também tingia de branco algumas partes. A Autoridade Palestina anunciou o fechamento de escolas e alguns serviços para evitar acidentes nas vias.

Crianças palestinas e um membro das forças de segurança locais fazem uma guerra de bolas de neve em uma rua nevada da cidade palestina de Hebron, na Cisjordânia. | HAZEM BADER/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A neve cobre o sítio histórico romano de Baalbek, no Leste do Vale de Bekaa, no Líbano, após a nevasca que atingiu a região | AFP/METSUL METEOROLOGIA

Grande quantidade de neve atingiu Amã, capital da Jordânia, e traz esperança de reposição de reservatórios de água | KHALIL MAZRAAWI/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A mesma tempestade de neve ainda atingiu o Líbano e a Jordândia. Amã acordou hoje com um raro manto de neve que manteve as pessoas em suas casas e bloqueou estradas, mas as autoridades disseram que a nevasca também pode ajudar a reabastecer as reservas de água e aliviar a pressão sobre as águas subterrâneas severamente esgotadas no país que passa por crise hídrica.

A Jordânia sofre uperíodos prolongados de seca durante a última década. A escavação ilegal de água para a agricultura esgotou alguns reservatórios de água subterrâneos e pelo menos uma barragem secou no ano passado. A neve e a chuva devem ajudar a reabastecer as barragens em todo o reino desértico, disse Hatem Al Zubi, vice-diretor do Centro Nacional de Segurança e Crise. Eles incluem a represa Wala, de 8 milhões de metros cúbicos, ao Sul da capital Amã, que esvaziou completamente, disse ele.

As praias do Líbano foram cobertas de granizo com muitos moradores encantados encontrando consolo da crise que afeta o país. Meteorologistas locais disseram não se lembrar de ter visto granizo na praia por tanto tempo por pelo menos uma década. Nas partes altas do Líbano foi a neve que se fez presente. Na Síria, dias de fortes nevascas cobriram os campos de refugiados no Noroeste do país, onde as famílias se amontoam sob a lona em temperaturas abaixo de zero.