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Pancadas isoladas de chuva neste começo de semana enquanto no final haverá o avanço de uma frente fria com precipitação mais generalizada | ANDERSON ALVES

A chuva nesta semana no Rio Grande do Sul vai decepcionar parte do estado e vai surpreender positivamente em outra. Isso porque os volumes devem ser altos em algumas cidades e baixos em diversas outras. A estiagem prossegue em muitos municípios gaúchos e as precipitações da semana tendem a trazer alívio moderado em algumas localidades.

O período mais favorável à chuva vai ocorrer no final da semana, quando da passagem de uma frente fria pelo território gaúcho, mas isso não significa que não deve chover antes. Tanto que neste domingo houve precipitação em diversos municípios mais ao Norte do estado, apesar de pouca em algumas localidades.

De acordo com dados de estações oficiais, a chuva deste domingo até o fim da tarde somou 21 mm em Santo Augusto, 9 mm em Passo Fundo e 3 mm em Lagoa Vermelha. Já registros do Cemaden indicaram 23 mm em Maquiné, 12 mm em Erechim e 7 mm em Redentora.

Justamente o Norte gaúcho é a região com maior probabilidade de chuva neste início de semana com pancadas isoladas e irregularmente distribuídas que não chegam a afetar todos os locais da região.

O sol aparece no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, mas com a presença de nuvens esparsas. Algumas cidades terão períodos de céu claro. Ar mais seco toma conta de grande parte do estado, mas o Norte gaúcho sofre a influência de umidade maior que vai estar sobre Santa Catarina e o Paraná.

Por isso, cidades do Norte do estado próximas de Santa Catarina podem ter chuva isolada de verão, ocasionalmente forte em setores localizados. Em grande parte do território gaúcho não chove ao longo desta segunda-feira.

O cenário se repete na terça-feira com predomínio do tempo firme na grande maioria dos locais do estado e chance de chuva de verão mais concentrada em áreas do Norte gaúcho. Na quarta, por sua vez, quase todo o território gaúcho terá tempo seco e sem precipitação.

Na quinta, a instabilidade começa a aumentar. Pancadas de chuva de verão isoladas atingirão pontos localizados de diversas regiões da tarde para a noite à medida que uma frente fria se aproxima. Esta frente traz chuva mais generalizada na sexta. No sábado, alguns pontos ainda podem ter precipitação, mas a tendência é de melhora do tempo.

Os mapas acima mostram a tendência de chuva dia a dia desta segunda-feira até sábado no Sul a partir dos dados do modelo meteorológico Icon em que se observa a perspectiva de chuva mais generalizada apenas no final da semana.

Volumes de chuva na semana

O que chama atenção nas tendências de precipitação para esta semana é a probabilidade de chover muito mais na Metade Norte do que na Sul, no Rio Grande do Sul. Os acumulados podem ser até altos em algumas localidades, como se observa na projeção de sete dias do modelo Icon que sinaliza a possibilidade de volumes acima de 100 mm em pontos da Metade Norte.

Não será o fim da estiagem nas cidades da Metade Norte gaúcha que tiverem mais chuva, afinal o déficit hídrico de meses é elevado, mas pode ser um alívio razoável em diferentes cidades e em um momento crítico para a soja que adentra no seu momento de maior demanda hídrica na safra.

Já os estados de Santa Catarina e do Paraná é que devem concentrar a chuva no Sul do Brasil na semana que começa com precipitação frequente. Chegamos, inclusive, a emitir um alerta para o estado do Paraná sobre precipitações localmente excessivas e temporais frequentes.

Justamente a maior presença de umidade sobre os dois estados fará, com a atmosfera quente, que temporais de verão sejam recorrentes nesta semana nos territórios catarinense e paranaense. Estes temporais que são localizados podem despejar volumes excessivos de chuva em curto período, trazer vendavais e queda de granizo.

Como consultar os mapas

Todos os mapas neste boletim podem ser consultados pelo nosso assinante (assine aqui) na nossa seção de mapas. A plataforma oferece ainda mapas de chuva, geada, temperatura, risco de granizo, vento, umidade, pressão atmosférica, neve, umidade no solo e risco de incêndio e raios, dentre outras variáveis, com atualizações duas a quatro vezes ao dia, de acordo com cada simulação. Na seção de mapas, é possível consultar ainda o nosso modelo WRF de altíssima resolução da MetSul.