Esta primeira metade de agosto será em grande parte marcada pelo predomínio do tempo seco e temperatura mais alta do que a média durante o dia, consequência de um bloqueio atmosférico. Este padrão meteorológico de chuva escassa, baixa umidade e máximas altas à tarde, entretanto, não vai durar o mês inteiro e a MetSul trabalha com um cenário de aumento significativo da chuva em parte do Sul do Brasil na segunda e, principalmente, na terceira semana de agosto.

Todos os modelos numéricos coincidem em indicar que a chuva retornará e poderá vir com volumes muito altos nos próximos dez a quinze dias em parte do Sul do Brasil. Os mapas abaixo mostram as projeções de precipitação para os próximos 15 dias do modelo norte-americano GFS pelas saídas que entraram na madrugada de hoje (0Z), de manhã (6Z) e à tarde (12Z). Atente que nas três saídas o modelo indicou muita chuva para parte do Sul do Brasil, até com acumulados acima de 300/350 mm no período, mas a cada rodada mudou o posicionamento da chuva mais volumosa. Em todas, entretanto, situou as precipitações com altos acumulados entre o Norte gaúcho e o Paraná.

O modelo canadense, agora com projeção de dez dias e não quinze como o americano, igualmente indica chuva volumosa entre o Norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com possibilidade de mais de 200 mm em alguns pontos.

Uma frente fria pode não conseguir romper o bloqueio atmosférico e passar à semi-estacionária no Sul do Brasil, trazendo volumes de chuva elevados. A frente avançaria pelo Rio Grande do Sul no dia 11 e depois se manteria entre o Norte gaúcho e o Paraná entre os dias 12 e 15 deste mês.